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Petrobras sobe 15%, a maior alta desde 1998, com possível saída de Graça

As ações da Petrobras registraram a maior alta diária desde setembro de 1998 com a expectativa em torno da saída de Graça Foster do comando da estatal, conforme apurou a reportagem nesta terça-feira, 3. Os papéis preferenciais da petrolífera subiram 15,47%, para R$ 10, maior alta percentual diária desde 15 de setembro de 1998, quando as ações subiram 18,10%, para R$ 1,875. As ações ordinárias fecharam em alta de 14,23%, para R$ 9,79, maior valorização diária desde 6 de março de 2013, quando os papéis avançaram 15,16%.

A valorização desta terça, 3, também foi a maior em um único dia desde 2000, quando foi instituído o Novo Mercado (segmento da BM&FBovespa que aumentou as exigências de governança das empresas negociadas), embora a Petrobras não faça parte desse nicho. O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta de 2,76%, para 48.963 pontos. O volume financeiro negociado no pregão foi de R$ 7,3 bilhões, acima da média diária negociada no ano, que é de R$ 6,314 bilhões, até o dia 2 de fevereiro. Das 68 ações, 51 subiram, 16 caíam e uma se manteve inalterada.

A forte alta nas ações da Petrobras foi provocada pela informação de que o Planalto teria decidido substituir Graça Foster à frente da presidência da estatal. A avaliação do governo é de que a posição da atual presidente da Petrobras é insustentável diante do escândalo de corrupção que atinge a empresa. A notícia da saída de Graça ofuscou o rebaixamento da nota da estatal pela agência de classificação de risco Fitch, anunciada na tarde desta terça-feira, 3.

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A agência citou a “crescente e prolongada incerteza” em relação à habilidade de a empresa estimar as perdas decorrentes de corrupção. O rebaixamento, segundo a Fitch, afeta diretamente cerca de US$ 50 bilhões em dívida emitida pela empresa. Foram rebaixados de BBB para BBB-, o último degrau considerado grau de investimento, espécie de selo de bom pagador para sua dívida.

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