A interrupção dos aumentos nos preços da gasolina, praticados na refinaria, que havia sido anunciada com antecedência pelo presidente Jair Bolsonaro, foi oficializada pela Petrobras na terça-feira. A estatal apresentou redução de R$ 0,10, o que fez o litro do combustível baixar de R$ 3,19 a R$ 3,09 para as distribuidoras. É a primeira diminuição desde junho.
O motivo, frisa o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Estado do Rio Grande do Sul (Sulpetro), João Carlos Dal’Aqua, é o mesmo que levou ao acréscimo nos outros anúncios: a adequação aos valores internacionais, tendo como base o preço cobrado pelo barril de petróleo. “Era uma redução esperada, porque a Petrobras está acompanhando o valor do petróleo. As mudanças, porém, não devem ser em tempo tão curto como vinha acontecendo”, explica. No entanto, ele alerta que outro balizador, o câmbio, continua em alta.
Mas se o real segue desvalorizado no comparativo com o dólar, outro fator que influencia na formação do que é praticado na negociação, ao consumidor final, parece estar mudando. Segundo o dirigente sindical, os preços dos biocombustíveis, que são adicionados à gasolina, estão arrefecendo. Adianta, no entanto, que isso não pode ser entendido como uma tendência. “Não há como fazer uma projeção, porque se trata de uma commodity que sofre muitas influências, como decisões geopolíticas, conflitos, clima. Até mesmo a nova cepa do coronavírus pode pesar de alguma forma. Durante os momentos mais fortes da pandemia, o petróleo estava bem baixo”, ressalta Dal’Aqua.
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Os gaúchos sentirão outra diminuição nos preços dos combustíveis a partir do início do próximo ano. Isso porque foi aprovado o retorno do índice do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) aos patamares de 2015, quando o governador José Ivo Sartori aumentou em 5%. A partir de janeiro, recuará dos atuais 30% para 25%. “Vai diminuir nas bombas, mas são alguns centavos. Ainda não dá para estimar quanto”, adianta.
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Um alerta feito por Dal’Aqua é a informação de que haverá restrição de fornecimento no próximo mês. O anúncio da refinaria se dá em função da previsão de não conseguir atender à demanda. “Com isso, provavelmente, teremos que importar”, adverte.
Proprietário de um posto de combustíveis santa-cruzense, Matheus Henrique Smidt conta que nessa quarta-feira, 15, já adquiriu com valor R$ 0,05 menor do que vinha sendo praticado. A tendência é que a distribuidora deva chegar nesta quinta-feira, 16, aos R$ 0,10 que foram reduzidos.
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“Assim que acabarem os estoques que os postos têm, certamente os clientes já perceberão a diferença, que pode chegar ao mesmo patamar anunciado pela Petrobras, na refinaria”, reforça. Frisa que vinham acompanhando os números nas últimas três semanas, na expectativa dessa redução. “Poderia ter acontecido antes, mas, por algum motivo, seguraram. No curto espaço de tempo, não se sabe o que deve ocorrer com os preços”, aponta.
Em passagem pelos postos em Santa Cruz do Sul, na tarde de quarta, a Gazeta do Sul constatou que o estabelecimento que cobrava o menor preço, de acordo com levantamento do Procon, há um mês, apresenta redução de R$ 0,08. O litro da gasolina era vendido a R$ 6,979, e o valor atual é R$ 6,899.
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