Uma petição protocolada na Justiça do Rio Grande do Sul demanda a imediata reabertura da exposição Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira e o impedimento de seu desmonte até a data previamente estabelecida para o término da mostra, 8 de outubro.
A responsável pelo pedido é a advogada gaúcha Juliana Campos. A mostra, que estava em cartaz desde o dia 15 de agosto no Santander Cultural, em Porto Alegre, foi cancelada pela instituição no dia 10 de setembro após alguns protestos em redes sociais. Veja as obras da exposição censurada.
Na petição, Juliana afirma que o cancelamento da exposição por parte do Santander Cultural “mostra-se em desacordo com a Constituição Federal, que garante o direito à cultura, à liberdade de expressão e assegura a anulação de atos lesivos ao patrimônio cultural”, classificando o ato como “arbitrário”.
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No pedido feito à Justiça, a advogada demonstra conhecimento acerca das obras, explicando, por exemplo, que os desenhos de Bia Leite, Travesti da Lambada e Deusa das Águas (2013), foram inspirados em relatos pessoais em um site “onde são postadas fotografias enviadas pelos próprios leitores, que brincam com o fato de, desde cedo, questionarem sua sexualidade”.
O cancelamento da exposição gerou protestos, e grupos contrários e favoráveis à mostra se manifestaram em frente ao Santander Cultural. O secretário de cultura de Belo Horizonte Juca Ferreira deu a entender que a Queermuseu poderia reabrir na capital mineira.
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