Claudete Silveira tem 66 anos. Há 13 mora na via conhecida como Estrada Velha, que era usada na ligação entre Santa Cruz do Sul e Rio Pardo. Atualmente, o fluxo entre os dois municípios é maior pela BR-471, mas o número de habitantes não para de crescer no antigo trajeto. Também tem aumentado a quantidade de reclamações sobre a estrutura da via.
Ainda no lado santa-cruzense, a aposentada do serviço público estadual diz ter contatado a Prefeitura e os vereadores no intento de conseguir reparos. “Aqui não temos saneamento, nem estrutura, e a estrada está toda esburacada”, afirma. Conta que o filho teve, recentemente, R$ 800,00 em gastos para arrumar o automóvel da família. “A toda hora tem gente com pneus furados ou com algum equipamento dos carros ou motos quebrado”, reforça Claudete.
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O motivo da queixa fica ainda maior quando ela explica que paga o Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana (IPTU). De acordo com a moradora, o carnê do tributo chegou com taxa de R$ 2 mil. Ela tentou a isenção, que foi negada pelo tamanho da propriedade.
A área é considerada urbana desde 2020, o que define a cobrança do IPTU. A inclusão foi resultado do projeto Mapa da Cidade, realizado entre 2017 e 2019. A assessoria da Prefeitura explica que os critérios de cobrança do IPTU incluem questões como a existência de escola, posto de saúde, saneamento ou iluminação pública, em um raio de três quilômetros.
A administração municipal adianta que estuda maneira de contemplar as localidades do interior com melhorias nas estradas, incluindo a possibilidade de asfaltamento, ainda sem data definida. Para a execução dos serviços, não é descartada a criação de parcerias.
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No lado de Rio Pardo da via, na localidade conhecida como Tamanca, a Prefeitura afirma que é feita manutenção periódica. A área é caracterizada como zona rural, o que não demanda o pagamento de IPTU. A tributação é por meio do Imposto Territorial Rural (ITR), que tem índices menores. Segundo a administração, a grande quilometragem de vias no município faz com que, quando o maquinário retorna à região, a estrada possa estar com problemas novamente.
Antônio José de Mello, 59 anos, tem comércio na Estrada Velha na parte rio-pardense. Ao reclamar, recebeu a informação de que a rua seria arrumada, mas sem data para a obra. “É uma vergonha. Vivemos na escuridão, tiraram o ônibus que passava por aqui, mesmo os moradores tendo feito abaixo-assinado”, afirma. Reforça que aqueles que têm veículos enfrentam os problemas com a estrutura da pista; os que não têm deparam-se com a dificuldade de ir ao centro de Rio Pardo ou a Santa Cruz, pois o transporte público mais próximo passa na BR-471. “E também não temos agente de saúde. Nos outros bairros, há vários. Não entendemos isso”, acrescenta.
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