Uma opção para diversificação em pequenas propriedades familiares tem atraído um número crescente de interessados em Sinimbu. O investimento em fruticultura como alternativa de renda, sem o uso de agrotóxicos, é a aposta para um valor agregado às culturas tradicionais, como tabaco e milho. O cultivo de pêssego é o carro-chefe. Conforme estimativa do extensionista da Emater/RS-Ascar, Luis Fernando Marion, o município conta com 15 produtores, sendo 8 hectares para destino comercial. A produção se aproxima de 30 toneladas anuais.
Zambiasi Silva dos Santos e Maria Rosemar da Costa Vieira, oriundos de Gramado Xavier, adquiriram uma propriedade há quatro meses na localidade de Linha da Serra. Com a mudança, eles mantiveram o cultivo de frutas do antigo proprietário, iniciado há quatro anos. Ainda sem o manejo adequado, a previsão de colheita dos 280 pessegueiros é de 3,5 toneladas, em uma área de meio hectare. A produção é adquirida por um comerciante a 4 quilômetros do local, por R$ 6,00 o quilo.
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O casal conta com o auxílio da filha e do genro no pomar. Eles ainda contam com outras árvores, como ameixa, figo e caqui, em menores quantidades. Também dedicam-se às lavouras de milho, feijão, tabaco e batata. “É nossa primeira experiência com fruticultura. Estamos felizes com os primeiros resultados e esperançosos com o que está por vir”, afirma Maria. A família conta com recursos do programa nacional de crédito fundiário Terra Brasil.
Já em Linha Primavera, Delcídio Elci da Silva mantém o cultivo de frutas há nove anos. Em meio às laranjeiras do pomar, surgem os pessegueiros com galhos carregados de belos frutos. Delcídio conta com o auxílio de dois filhos, sendo que um deles aplica conhecimentos obtidos no Centro de Desenvolvimento do Jovem Rural (Cedejor).
Por ser conhecido no município, a produção de 3 toneladas dos cem pés é vendida diretamente ao consumidor final. Um benefício obtido pela família foi o ingresso no programa Segunda Água, um convênio entre Ministério da Cidadania e governo estadual. Com a formação de um pequeno açude, a água é puxada por finas mangueiras e gotejada nas raízes das árvores. “É uma boa alternativa para nós, que também trabalhamos com o tabaco. Esperamos ampliar o pomar ao plantar caqui”, adianta Delcídio.
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Para uma boa produção e desenvolvimento de frutos grandes, o manejo é fundamental no processo. Luis Fernando Marion explica que o mês de floração do pêssego é agosto. Conforme a variedade, a colheita pode ser realizada entre o fim de outubro e o fim de dezembro, de acordo com a maturação.
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A poda varia em relação à altitude. Em terrenos acima de 200 metros, a poda deve ser retardada por conta de possíveis geadas mais fortes em agosto. Nas áreas de 200 metros para menos, a poda pode ocorrer em julho. Durante o outono, a preocupação deve ser com a sanidade da planta, para evitar pragas e fungos. É fundamental uma adubação adequada para reforçar a nutrição da planta. Um cuidado necessário é com a chamada mosca da fruta, que exige controle.
Durante o crescimento dos frutos, é importante eliminar alguns deles, com até um centímetro de diâmetro, em uma prática chamada de raleio. Com isso, os frutos que permanecem no galho podem se desenvolver mais, sem a competição por nutrientes. Os galhos sem frutos devem ser eliminados para evitar desperdício de energia. Outra técnica importante é pendurar pedras em alguns galhos para facilitar a penetração dos raios solares.
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