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Pesquisadores se associam para criar kit rápido de diagnóstico de zika e dengue

Representantes de laboratórios públicos de três estados e de uma empresa privada de biotecnologia brasileira anunciaram nesta terça-feira, 1º, em Porto Alegre, uma parceria para desenvolver um kit rápido para diagnóstico dos vírus Zika, da dengue e da chikungunya. A parceria envolve a empresa de biotecnologia gaucha Grupo FK-Biotec e os laboratórios Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico, Laboratório Farmacêutico do Rio Grande do Sul e Laboratório Farmacêutico de Pernambuco.

Os pesquisadores estimam que o produto estará disponível para uso da população em nove meses.  A produção dos kits está, agora, em fase de adequação dos testes às amostras brasileiras de vírus, o que dará mais precisão aos resultados

Segundo os pesquisadores, o kit não será apenas capaz de detectar se o paciente está infectado, mas também se já teve contato com os três vírus no passado. Essa possibilidade vai permitir mapear, com mais precisão, os locais de maior incidência desses microorganismos e, futuramente, determinar a imunidade da pessoa para cada vírus.

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A expectativa dos representantes das empresas é que o produto, quando estiver pronto, possa ser oferecido à rede pública de saúde por meio de uma parceria de desenvolvimento produtivo (PDP). O preço de cada unidade no mercado deverá ser semelhante ao dos testes para detecção de HIV, que é de cerca de R$ 15.

Funcionamento
O produto vai funcionar de forma parecida com os testes para detecção do vírus HIV disponíveis no mercado. Com uma pequena amostra de sangue do paciente, por meio de um furo no dedo, será possível visualizar se houve reação entre o sangue e os antígenos presentes no produto. O resultado sai em até 15 minutos.

“A praticidade e rapidez do teste permitirá que ele seja feito tanto em hospitais quanto em postos de saúde e farmácias”, disse o médico e pesquisador da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), Fernando Kreutz, diretor-presidente do Grupo FK-Biotec.

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Os representantes das empresas acreditam que o governo federal, os estados e os municípios serão os maiores interessados no produto. “Os kits poderão ser comprados pelo Ministério da Saúde para serem distribuídos gratuitamente por meio do SUS para todo o Brasil”, disse Kreutz. O teste poderá ser vendido, também, para a rede privada de saúde.

A diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul, Marilina Bercini, assistiu à apresentação dos pesquisadores. Ela manteve uma posição de cautela ao falar sobre a viabilidade do uso do produto na rede pública de saúde. “Ainda precisamos ver na prática se o kit vai funcionar e qual vai ser o seu custo. Também é preciso que haja disponibilidade financeira. Isso é sempre uma decisão de governo e será feita no momento certo”, disse Marilina.

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