Instalados desde segunda-feira em Candelária, pesquisadores de três universidades brasileiras, professores, doutorandos, alunos e paleontólogos da França, Argentina e Síria encerram hoje os trabalhos na região. Um dos últimos fragmentos reconhecidos pelas equipes foi uma tíbia de rincossauro, encontrada ainda na quarta-feira, em Vale do Sol. De acordo com o curador do museu de Candelária, Carlos Rodrigues Nunes, trata-se de uma espécie de réptil herbívoro bastante conhecida, datada de 230 milhões de anos.
Por causa da previsão de chuva, as buscas voltaram para Candelária na tarde de ontem e seguiram intensas no Botucaraí. Enquanto a retroescavadeira quebrava as rochas maiores, os exploradores utilizavam picaretas e marteletes para encontrar os fósseis nas pedras menores, o que resultou em uma grande quantidade de material. O local escolhido para a exploração é considerado um dos mais ricos para esse tipo de trabalho no município, onde já foram encontrados um anfíbio Temnospondyli, um fitossauro, diversos ossos de arcossauros, dinossauros e dicinodontes e cinodontes.
Ao final da atividade de prospecção, caberá ao chefe das equipes, o professor doutor Max Cardoso Langer, do laboratório da Universidade de São Paulo (USP), de Ribeirão Preto, e atual presidente da Sociedade Brasileira de Paleontologia, determinar o destino dos fragmentos de ossos encontrados – tanto dos que já foram identificados quanto dos que precisam passar por limpeza em laboratório.
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