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Pesquisa revela que bullying é rotina nas escolas de Santa Cruz

Um levantamento quantitativo online realizado pelas secretarias municipais de Comunicação (Secom) e de Educação (SEE), entre os dias 25 e 27 de setembro, junto às escolas de ensino fundamental da rede pública municipal, mostrou que em um universo de 840 alunos entrevistados, 63,2% admitiram que sofrem ou já sofreram bullying em algum momento da vida, sendo que 44,43% dos casos ocorreram dentro da sala de aula.

Os alunos que responderam aos formulários, no laboratório da escola e sob a supervisão de orientadores educacionais, correspondem a 13,4% dos 6.265 estudantes matriculados no ensino fundamental. Eles têm entre 9 e 21 anos e pertencem a 24 escolas.

Os dados obtidos no levantamento ainda serão avaliados por especialistas e servirão de subsídio para a Campanha Bullying não tem graça!, promovida pelo Município de Santa Cruz do Sul, com o apoio da Unisc e do Comitê Municipal Antibullying.

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Com relação à classificação do tipo de violência sofrida, grande parte é de bullying verbal, com 45,49% dos casos; em segundo lugar é apontado o bullying físico, com 17% dos casos; e, em terceiro lugar o bullying psicológico, com 15,96% de ocorrências.

Perguntados sobre o que fizeram após terem sofrido bullying, as respostas mostraram que a reação em defesa própria foi a atitude mais comum em 42,52% das ocorrências; ficar quieto e não contar para ninguém vem em segundo lugar, com um percentual de 18,75%; e, em terceiro a decisão de falar para os pais, com 16,30%.

Irritabilidade (34,25%), baixa autoestima e pensamentos negativos/autodestrutivos (18,15%) e vontade de não ir mais para a escola (16,55%) foram as consequências predominantes apontadas pelos alunos. Um percentual de 41,5% admitiu já ter praticado bullying contra um colega, 89,9% afirmaram já ter visto um colega praticando contra outro e 94,5% disseram que sim, o bullying é trabalhado na escola pelos professores.

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Os dados são reveladores e mostram que, apesar de o tema estar em voga na sociedade, medidas preventivas e de combate ao bullying são mais que necessárias. Uma pesquisa qualitativa deverá ser conduzida pela universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) no decorrer da Campanha Bullying não tem graça.

Outra medida que integra as ações da campanha, ainda em fase de planejamento, é a implantação de uma plataforma online, no site da Prefeitura (www.santacruz.rs.gov.br) para auxiliar pais, professores e alunos a evitar e combater o bullying. A ferramenta entrará no ar durante a campanha e também vai ajudar para que se possa identificar as situações de bullying e saber o que fazer diante dos casos.

Especialmente para os estudantes, a plataforma será um canal de denúncias e esclarecimentos. Vítimas de bullying terão um espaço de orientação para saber como e onde buscar ajuda, além de receber apoio sobre como romper com o silêncio e abordar o assunto junto a pais e professores.

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Com propósito semelhante, nos próximos dias, serão instaladas nas escolas de ensino fundamental urnas para que os alunos possam, de forma anônima, desabafar e se posicionar diante do bullying, contando situações vividas dentro da escola, seja na condição de vítima ou agressor.

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