Pesquisa inédita no Estado aponta que para cada quatro meninos existe uma menina com autismo

O Rio Grande do Sul é o primeiro Estado a coletar e dispor de dados sobre a população com transtorno do espectro autista. A informação foi dada pela diretora técnica da Faders Acessibilidade e Inclusão, Ana Flávia Rigueira, ao divulgar, nesta terça-feira, 24, no Palácio Piratini, a Pesquisa CIPTEA, realizada com 4.074 pessoas, em 259 municípios gaúchos.

Pesquisa foi apresentada no Piratini | Foto: Itamar Aguiar/Palácio Piratini

A pesquisa destaca as características da população com transtorno do espectro autista e será atualizada todo ano. Segundo os resultados, 80% das pessoas são do sexo masculino e 20% do sexo feminino – ou seja, para cada quatro meninos existe uma menina com autismo. A faixa etária analisada abrange pessoas de 0 a 15 anos, sendo que o diagnóstico se dá, em 57% das vezes, na faixa etária do 0 aos 3 anos, evidenciando a importância do diagnóstico precoce.

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Coordenada pela Secretaria da Igualdade, Cidadania, Direitos Humanos e Assistência Social (SICDHAS), através da Faders, a pesquisa foi possível a partir da análise de dados das solicitações de Carteiras de Identificação no Rio Grande do Sul. Realizado de 18 de junho de 2021 a 15 de março deste ano, o trabalho apontou dados que respaldam políticas públicas, garantindo prioridade de atendimento em áreas como Saúde, Educação, Assistência Social, Trabalho e Renda. 

Ana Flávia acredita que todos esses dados subsidiam e vão respaldar políticas de atendimento, sendo importante aumentar o número de carteiras expedidas, base para novas pesquisas. A secretária Márcia de La Torre (SICDHAS) destacou que a Política Estadual de Atendimento Integrado à pessoa com transtorno do espectro autista está estruturada em um Comitê de Gestão. O comitê envolve as secretarias da Saúde, da Educação e da Igualdade e os respectivos conselhos, além de um grupo técnico, sete centros macrorregionais e 30 centros regionais de referência.

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“Uma verdadeira rede que, de forma transversal, vai suprindo as falhas na política pública do autismo do Brasil”, afirmou Márcia. A secretária destacou que a CIPTEA representa um banco de dados precioso, que possibilita o aumento de recursos disponíveis para atender a singularidade dessas pessoas, assegurando os direitos à saúde, ao desenvolvimento pessoal e à inclusão social.

Sobre o transtorno do espectro autista (TEA)

A pessoa com transtorno do espectro autista é considerada pessoa com deficiência, conforme a Lei n° 12.764/2012. O transtorno do espectro autista (TEA) pode apresentar-se antes dos 3 anos de idade, com indícios já no primeiro ano de vida. As áreas de acometimento e/ou critérios gerais para o diagnóstico são: comprometimento qualitativo da interação sociocomunicacional; padrões restritos e repetitivos de comportamento. Dentre as políticas públicas para pessoas com TEA, o Estado tem a carteira de identificação da pessoa com transtorno do espectro autista – CIPTEA.

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Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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