Pesquisa coloca Santa Cruz entre as melhores cidades para se investir

A empresa Urban Systems realiza, anualmente, o levantamento Melhores Cidades para Fazer Negócios. A pesquisa é feita em 319 municípios, que totalizam 115,6 milhões de habitantes, tendo como contratante a Revista Exame. Entre os sete itens apurados, Santa Cruz do Sul tem posição privilegiada em três: indústria, agropecuária e comércio.

O relatório explica que essa é a 10ª edição da pesquisa, que usa como metodologia de análise estatística o Índice de Qualidade Mercadológica. Por meio dele, são avaliadas cidades mais atrativas para o desenvolvimento de negócios, em especial na indústria, comércio, serviços, educação, mercado imobiliário, agropecuária e saúde. São utilizados como base os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), Secretaria do Tesouro Nacional, Mapa das Empresas e Índice da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).

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O melhor resultado de Santa Cruz foi no segmento indústria. Na área, o município ficou com nota 4,141, representando a 23ª posição em todo o Brasil. Foram levadas em consideração questões como o número de empregos gerados, o rendimento médio e a capacidade de exportação. Com 2,835, a agropecuária santa-cruzense fica na 71ª posição nacional, considerando a empregabilidade e a capacidade de produtividade. Também são vistas situações como o crescimento da pecuária e das lavouras permanentes.

Por fim, ainda dentro dos cem primeiros, que é o balizador para a publicação, destaque para o comércio. É o 95º no Brasil com potencial de investimento dos empreendedores no setor comercial, tendo alcançado 2,912 pontos. A liderança é de São Paulo, que aparece com dois pontos, entre os melhores para se fazer investimentos.

Posição logística é ponto positivo de Santa Cruz

Há uma série de fatores que fazem os empreendedores definirem o destino dos investimentos, tanto em ampliação de plantas industriais quanto na escolha de locais para novas unidades. A posição logística privilegiada no Rio Grande do Sul é um deles e é apontada pelo secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Santa Cruz, Cesar Cechinato, como fato positivo para o município.

“Santa Cruz sempre aparece em destaque em qualquer ranking de desenvolvimento econômico, gestão fiscal e qualidade de vida. Sua matriz econômica (forte base industrial), polo regional de compras, serviços, educação e saúde, renda per capita, qualidade de vida e posição logística privilegiada a tornam um destino a ser considerado quando da instalação de uma empresa ou projeto no Rio Grande do Sul”, destaca.

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Além da posição geográfica, o município é cortado por importantes rodovias de escoamento – sobretudo quando o destino é a exportação pelo porto de Rio Grande. Está perto de Porto Alegre, tem espaço para crescimento industrial e conta com aeroporto. Exemplos da atenção dada à busca de novos empreendimentos ou ampliação dos atuais podem ser percebidos no dia a dia, como a instalação do Gauten Parque de Inovação e Tecnologia, que é focado no desenvolvimento de produtos e serviços inovadores. Neste ano, o espaço sediou o Gauten Summit, evento voltado à promoção de negócios e qualificação.

Outro fator positivo é a oferta de espaços, por meio de convênio estabelecido após participação em edital. É o caso dos lotes do Distrito Industrial II. Cada espaço colocado à disposição dos empreendedores conta com área de 1,4 mil metros quadrados, de um espaço maior, adquirido em 2022, no Bairro Dona Carlota. A instalação do último grupo de empresas aprovadas deve representar a geração de ao menos 200 empregos diretos até 2027, atendendo ao que está contratado entre poder público e iniciativa privada.

Ao mesmo tempo em que providencia espaço para instalação de empreendimentos, o Município conseguiu a regulamentação da Lei de Liberdade Econômica, que é um mecanismo para agilização na obtenção da inscrição municipal. Também foi instalado o Tudo Fácil Empresas, em parceria com a Junta Comercial, Industrial e Serviços (JucisRS). Essa iniciativa possibilita que uma empresa seja aberta em até dez minutos.

O Banco do Povo é visto como outro ponto incentivador, com a liberação de recursos, que já supera R$ 16 milhões. O poder público acrescenta o fato de que aderiu ao Programa Cidade Empreendedora, em parceria com o Sebrae. Todas essas questões acabaram repercutindo positivamente no levantamento da Urban Systems, que, além de indústria, agropecuária e comércio, também avalia espaço para investimento privado em serviços, mercado imobiliário, construção civil e saúde. Como acréscimo, neste ano, foi adotado o quesito “macro cenário”, que é comum a todos os setores avaliados pelo levantamento, avaliando o impacto no mercado atual e as perspectivas.

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