A Assembleia Legislativa divulgou, nessa segunda-feira, 2, no Salão Júlio de Castilhos, os resultados da pesquisa de opinião que mediu os impactos da pandemia de Covid-19 na saúde do Rio Grande do Sul. Encomendado pelo Legislativo gaúcho, em parceria com o Conselho Regional de Medicina do Estado (Cremers), por meio de termo de cooperação técnica, o levantamento realizado pelo Instituto Pesquisas de Opinião (IPO) ouviu mil pessoas, de 41 cidades, em todas as regiões do estado, incluindo o município de Santa Cruz do Sul, para identificar as principais percepções e necessidades do setor.
De acordo com Elis Radmann, fundadora do IPO, que realizou a pesquisa denominada O Rio Grande do Sul pós-pandemia + os impactos da saúde na pandemia, o levantamento apresenta subsídios importantes para que, a partir de critérios baseados em evidências científicas, sejam elaborados programas e projetos que revertam o quadro de carências na saúde. O estudo, segundo ela, foi norteado por dois questionamentos: compreender as prioridades para área da saúde, quais o problemas que existem, sem contar a pandemia e quais problemas a pandemia agravou; e quais são as indicações legislativas, ou seja, quais leis precisam ser criadas, mesmo que em caráter emergencial, no pós-pandemia.
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Em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9, a pesquisadora detalhou que, de acordo com os resultados do estudo, para 40% dos gaúchos, a demora no atendimento e a falta de estrutura física nas unidades de saúde foram os principais problemas ocasionados pela pandemia de Covid-19 no sistema de saúde do Estado. Nesse sentido, 46,3% do público participante, disse que um dos principais problemas está relacionado à falta de médicos.
O levantamento apontou ainda que 83,2% dos gaúchos utilizam os serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). Para 21,6% dos pesquisados, houve agravamento na demora para marcação de consultas. Já para 19%, a superlotação dos hospitais e a falta de leitos foi o principal problema.
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Os entrevistados também demonstraram preocupação com a superlotação dos hospitais, apontada como maior problema por 19% das pessoas, e com o volume de procedimentos eletivos reprimidos, citado por 8,8%. Sobre as ações esperadas dos gestores públicos para qualificar a saúde, as opções mais citadas pelos entrevistados foram melhorar o atendimento por meio da contratação de mais médicos (19,5%) e realizar mutirões para atender a demanda reprimida (15,1%).
“Inclusive a Assembleia vai trabalhar um passaporte de recursos para que isso ocorra, para que chegue principalmente nos hospitais que fornecem exames especialistas em cirurgias. Já existe um case em Passo Fundo, por exemplo, onde ocorrem mutirões na área de oftalmologia. A cidade comprou 300 consultas e distribuiu aos pacientes e resolveu a demanda em uma semana. Então, os municípios vão ter que fazer isso para atender tudo que está parado”, explicou Elis. Ela citou também os exames de mamografias. “Muitas mulheres estão com pré-câncer e as mamografias atrasadas. Isso precisa ser atendido e rápido”, ressaltou.
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Com informações da Assessoria de Imprensa do Cremers
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