A Sondagem Industrial divulgada nesta quinta-feira, 27, pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) mostra que o índice de produção do setor evoluiu de 51,6 para 55,7 pontos em agosto, em relação a julho, a maior elevação no mês desde o ano de 2010, início da série histórica. “Esse fato, juntamente com o aumento registrado em outros indicadores da pesquisa, aponta aceleração no ritmo de crescimento da atividade e perspectivas positivas para os próximos meses“, diz o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry.
O índice de emprego, ao subir 1,8 e alcançar 50,4 pontos, ficou acima da linha divisória de 50 pela primeira vez desde abril de 2014, indicando expansão em relação ao mês anterior. A confirmar que a atividade industrial gaúcha ganhou força em agosto, embora a ociosidade permaneça elevada, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) cresceu de 66% para 68%, ainda abaixo da média do mês, de 71,2%. O indicador relativo à UCI usual ficou em 42,9 pontos. O valor inferior a 50 mostra que as empresas consideraram a UCI abaixo do nível usual do mês.
Os estoques de produtos finais seguiram um pouco acima do esperado pelas empresas, mas caíram na comparação com julho. O indicador de evolução foi de 49,3 pontos em agosto, e o de estoques em relação ao planejado atingiu 51,1. Nesse caso, a proximidade com a marca de 50 pontos revela que o excesso é pequeno.
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O bom desempenho da atividade do setor industrial manteve as perspectivas dos empresários gaúchos nos níveis de julho, apesar de os indicadores de demanda, juntamente com os de compras de matérias-primas, terem recuado em setembro, respectivamente para 57 e 53,8 pontos. Os 50 pontos separam as expectativas de crescimento e queda para os próximos seis meses. Já para exportações, as projeções se tornaram mais otimistas, com índice de 56 pontos. Por outro lado, com relação ao emprego, o índice de 49,1 pontos manteve a perspectiva de queda para o período.
A visão um pouco mais otimista para um futuro próximo traz como consequência, em setembro, o aumento na intenção dos empresários industriais gaúchos em investir, embora o indicador de 47,1 pontos se mantenha em patamar baixo – varia de 0 a 100 –, ainda assim superior ao de agosto (46,5).
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