A Polícia Federal divulgou nota na noite desta segunda-feira, 22, sobre como se dará a perícia criminal no áudio da conversa entre o presidente Michel Temer e o empresário Joesley Batista. De acordo com a PF, como as partes envolvidas enviaram perguntas com elevado grau de complexidade sobre o áudio, será feito um “minucioso tratamento dos chamados vestígios, além de análises metódicas e meticulosas”.
Segundo a PF, para uma conclusão robusta da perícia criminal, o maior número possível de elementos é analisado e três exames serão realizados: análise de conteúdo, comparação de locutor e verificações de edições.
O exame de análise de conteúdo representa a transcrição da conversa, analisando o áudio segundo a segundo. A comparação de locutor busca identificar os interlocutores da conversa para confirmar se são ou não as pessoas citadas. O exame de verificação de edições, por sua vez, tem como objetivo identificar possíveis alterações ou adulterações nos registros de áudio.
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Nessa fase, diz a PF, é analisado se, de alguma forma, o conteúdo original captado foi modificado, de modo que a apresentação dos eventos tenha ocorrido de maneira distinta daquela em que efetivamente ocorreram. Por se tratar de um áudio em formato digital, o exame de verificação de edições é realizado no arquivo computacional que contém a representação do análogo físico do áudio captado.
A PF salienta na nota que a boa prática em análise forense de vestígios multimídia recomenda que haja o exame conjunto entre os registros de áudio e o equipamento gravador e que, até o momento, apenas um desses gravadores e aguarda o outro.
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