Nessa época difícil pela qual estamos passando devido à quarentena do coronavírus, maçante em termos de noticiários na TV e de discussões políticas, vou contar algumas estórias leves e divertidas.
Confesso que estou com saudades da minha turma do happy hour na Passarela, quando resolvíamos todos os problemas brasileiros, as discussões entre gremistas e colorados, as brigas entre os fanáticos da direita ou esquerda ou das churrascadas feitas no racha, organizadas pelo chef Hardi. Lógico, bebendo as gostosas cervejas, cada um com sua garrafa.
Em 2013, fui a Porto Alegre, rumo à agência da Hyundai da Praça Japão, buscar meu Azera 2014 top de linha, zero km, que já havia negociado com o vendedor Bandeira.
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Convidei meu amigo Zé Negão e meu cunhado Baixinho para me acompanharem. Não sabia o caminho que me levaria ao endereço. Zé Negão garantiu-me que conhecia Porto Alegre de ponta a ponta, já que no passado lá morava. Fiquei feliz; nos levaria com segurança para a agência. Para garantir que não nos perderíamos naqueles labirintos da capital, pedi que minha filha deixasse o GPS programado.
Lá fomos nós. Viagem tranquila. Pouco movimento, saímos às seis e meia de casa. Em Canoas, pegamos um pequeno engarrafamento. Chegamos, e deveríamos decidir: ir pelo aeroporto ou pela rodoviária. O GPS nos orientava para pegarmos o viaduto, via rodoviária. Zé Negão discordou do GPS. Pediu que rumássemos via aeroporto. Obedeci.
Lá no antigo Laçador começou a confusão. À esquerda existia um desvio que nos levaria para a Rua Ceará. Logo mais adiante, mais um desvio, e mais um desvio. Estávamos confusos, dando voltas e mais voltas, e não chegávamos a lugar nenhum. O GPS e o Zé estavam mais perdidos do que cusco em procissão. Daqui a trezentos metros dobre a esquerda, daqui a quinhentos metros dobre a direita… E o Zé discordava do aparelho e pedia que eu fizesse o contrário. Não sabia mais a quem obedecer.
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A sorte que o Zé Negão é um cara de boa conversa. Só de conversa, porque não é bom de ouvidos. Pediu uma informação para um cara que estava varrendo defronte a uma empresa:
– Moço, qual o trajeto que faço para chegar à Praça Japão?
– Vocês estão no caminho certo. Sigam sempre por esta rua até o final dela. Daí vocês sobem o viaduto e entram numa perimetral e sigam, até encontrarem um pequeno desvio e…
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– Entendi. Obrigado moço – respondeu o Zé.
Lá adiante surge o primeiro desvio. E agora, Zé?
Outros informantes surgiram no trajeto, e nós cada vez mais embrulhados e perdidos. Os caras informavam para o Negão pegar à esquerda e ele insistia em contrariar o informante, mandava seguir pela direita. Um desastre!
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Nervoso, pedi para o Zé Negão contratar um táxi. Já estávamos atrasados. Como conhecedores de Porto Alegre, ele e o GPS estavam reprovados.
Segui o táxi, e R$ 10,00 mais adiante chegamos ao destino
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