A região do Vale do Rio Pardo é uma das mais castigadas no Estado com a escassez de chuva e altas temperaturas desde o fim de novembro. O prejuízo com a estiagem atinge R$ 696,29 milhões nas 15 localidades que integram a Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp). A chuva nos dias 9, 10 e 11 de janeiro e nessa semana apenas aliviou o calor por alguns dias e trouxe expectativa de redução de perdas nas lavouras. Mas grande parte da produção não tem mais volta e os agricultores amargarão um ano com menos disponibilidade de dinheiro.
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Sem conseguir estancar os prejuízos com a falta de chuva e com pedidos de ajuda praticamente diários, todos os prefeitos da região assinaram o decreto de situação de emergência para tentar obter alguma ajuda e usufruir de outros benefícios. O reconhecimento da medida começa com a expedição do documento pelo município, após a apresentação de relatório da Comissão Municipal de Defesa Civil, e deve ser imediatamente remetido à diretoria estadual de Defesa Civil, para posterior homologação pelo governador do Estado.
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Com o processo de situação de emergência, entre os benefícios que o município atingido pode usufruir está a dispensa licitatória, reorganização orçamentária, entre outros. No entanto, para que isso ocorra, é necessário comprovar danos com o preenchimento de laudos e documentação técnica. A medida também serve como justificativa para os produtores rurais encaminharem pedidos ao Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), que garante a exoneração de obrigações financeiras relativas a operação de crédito rural de custeio, cuja liquidação seja dificultada pela ocorrência de fenômenos naturais, pragas e doenças que atinjam rebanhos e plantações.
As medidas preventivas para evitar grandes prejuízos com estiagens ainda são tímidas na região. Mesmo com o trabalho para aumentar a produção, com a implementação de novas tecnologias, a introdução do sistema de irrigação nas lavouras pouco avançou nos últimos anos. Com isso, os produtores ficam expostos a perdas durante a escassez de chuva. Apesar de alguns exemplos positivos nesta área, as principais alegações são os impecilhos para a legalização das estruturas de armazenagem de água e a falta de linhas de crédito mais atrativas. Outro problema que agrava a situação em muitas propriedades é o abandono de antigas fontes de água, que garantiam o abastecimento das famílias no passado, mesmo nas secas mais prolongadas. Para resgatar as nascentes, exemplos de projetos existentes, como em Vera Cruz, precisam se multiplicar, com um forte trabalho de conscientização.
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Municípios menores sofrem impacto ainda maior com os prejuízos
Os problemas com a estiagem atingem todos os municípios, mas causam maior apreensão nos menores. Em Herveiras, na área serrana da região, o levantamento da Emater/RS-Ascar e da Secretaria da Agricultura aponta que os prejuízos no setor agrícola, pecuário e na produção de leite totalizam R$ 16.389.007,50, valor próximo ao orçamento anual da Prefeitura, estimado em R$ 17.970.000,00 para o exercício de 2020. A secretária de Administração e Turismo Luciane Grassel Cechin afirma que o município não tem indústria e praticamente toda a economia gira em torno da agricultura. E os reflexos nos cofres da Prefeitura serão sentidos nos próximos três anos com a queda no retorno de recursos do ICMS.
Dados da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil apontam perdas significativas nas produções de milho em grão e para silagem (40%), soja (35%), feijão (40%), leite (30%) e na produção de tabaco (30%), esse último principal responsável pela fonte de renda no município. A extensionista da Emater Dieni Teixeira da Silveira afirma que o milho é essencial para a subsistência dos pequenos agricultores e a maioria cultiva na resteva do tabaco. Mas o município também sofre com problemas no abastecimento de água devido aos níveis muito abaixo do normal das fontes. Na área urbana, desde 22 de dezembro há racionamento em horários alternados e abastecimento por meio de caminhão-pipa da Prefeitura para cerca de 20 residências.
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A Prefeitura de Herveiras também transporta cerca de 50 mil litros por dia com um caminhão-pipa para abastecer reservatórios no interior. Na localidade de Linha Pinhal, um açude em área de 4 hectares esta semana, antes da chuva, estava com apenas 30% do volume de água. Uma fonte de captação com 4 metros de profundidade ao lado, responsável pelo abastecimento de 58 moradores, com o fornecimento médio de 45 mil litros por dia em períodos de clima normal, nas últimas semanas ficou praticamente sem água e foi necessário socorrer as famílias com o caminhão-pipa. Marlon de Menezes, morador próximo ao local, calcula que o açude secaria completamente em 20 dias se não houvesse chuva. A situação na lavoura se amenizou um pouco com a precipitação no dia 10 de janeiro e desta semana, mas Menezes destaca que não há mais condições de recuperar a qualidade do tabaco.
“Parece que o galpão não enche”, diz produtor rural
O casal Elíbio e Roselaine Bender, de Linha Alto Marcondes, em Herveiras, todos os dias enfrenta o forte calor e sente os reflexos da estiagem no galpão. “A gente trabalha horas e horas, mas parece que o galpão não enche, pois as folhas do tabaco não se desenvolveram com a falta de chuva”, explica Elíbio. Na propriedade houve o plantio de 95 mil pés, com a expectativa de colher 12 arrobas por hectare, mas deverá render apenas 9 arrobas. A atividade é a principal fonte de renda da família, que ainda tinha esperança esta semana que uma chuva fosse melhorar o desenvolvimento da plantação.
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Mas na cultura do milho, a família já contabiliza quebra de 60% a 70% em uma lavoura de 12,5 hectares. “Primeiro, o excesso de chuva prejudicou a plantação e depois, na fase de enchimento de grãos na espiga, faltou umidade”, explica Roselaine. Em outra área, onde houve o plantio mais tarde, há muitas falhas de pés também em consequência da estiagem. O produtor já recorreu ao Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) ao menos para obter o ressarcimento das despesas. Mas a família enfrenta outro drama com a diminuição da água para consumo humano e dos animais na propriedade. “Estamos poupando há quase um mês”, conta Roselaine, acrescentando que não lembra de situação semelhante antes.
O coordenador da Defesa Civil no município, Clécio da Silva, afirma que o problema de abastecimento de água existe há muitos anos. Em 2018 houve a perfuração de um poço com 660 metros de profundidade, mas não deu água. Silva destaca que todos sabiam que haveria problemas com falta de água na primeira estiagem desde a última de maior proporção, em 2012. Lembra que nos últimos anos houve a abertura de poços artesianos em todas as localidades e com isso as famílias abondanoram as antigas fontes.
Problemas reforçam importância da preservação das nascentes
Com o objetivo de garantir novamente abastecimento de água com fontes próprias nas propriedades, o governo municipal de Herveiras criou um programa de recuperação de nascentes para enfrentar os períodos de estiagem. Mas o coordenador da Defesa Civil no município, Clécio da Silva, afirma que a adesão até agora é pequena é será um trabalho de longo prazo. “É muito fácil destruir uma fonte, mas para reconstruí-la novamente leva, no mínimo, cinco anos”, afirma Silva.
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Mesmo assim, há pequenos exemplos que servem de modelo no trabalho de conscientização. O coordenador da Defesa Civil explica que um casal se mudou para uma área do município onde não havia água. Com o investimento de apenas R$ 700,00 foi possível recuperar uma fonte que serve para o consumo humano e dos animais. E a família não tem problemas com a atual estiagem, Acrescenta que 80% dos produtores de tabaco produzem as mudas com água tratada. Por isso, a intenção é realizar um trabalho com as indústrias do setor para mudar o sistema.
A região já tem alguns exemplos de trabalhos bem-sucedidos de preservação de fontes de água. Iniciativa pioneira no Estado, o Projeto Protetor das Águas, em Vera Cruz, desde 2011 incentiva produtores rurais a adotarem boas práticas de conservação de água e solo. A proposta reúne 63 produtores de áreas rurais que preservam nascentes e áreas ripárias em 68 propriedades às margens do Arroio Andréas. Como incentivo, os produtores recebem o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), realizado anualmente, onde cada produtor recebe R$ 200,00 na adesão ao programa, e mais R$ 325,00 por hectare preservado ao ano, além da isenção da tarifa de água, de até 15 metros cúbicos por mês.
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As 103 nascentes protegidas estão em 144 hectares de terra, onde foram construídos 21 quilômetros de cerca para o isolamento das áreas. Com isso também está preservada a biodiversidade local, aumentando, consequentemente, a vazão média do manancial e melhorando a qualidade da água recebida na Estação de Tratamento de Água (ETA), o que gera diminuição e economia de produtos químicos utilizados para o tratamento.
Desde 2018, a Philip Morris Brasil financia o programa. A realização é da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), com apoio do Município de Vera Cruz, Agência Nacional de Águas (ANA), Comitê Pardo, Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (Sinditabaco) e Emater/RS-Ascar. A iniciativa foi reconhecida com o 1º Prêmio Boas Práticas da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul, em 2016. O município também recebe interessados no programa periodicamente, já tendo atendido localidades gaúchas, brasileiras e estrangeiras. O programa está assegurado por lei municipal de 2015, que instituiu a Política Pública, o Programa Municipal e o Fundo Municipal de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA).
Irrigação garante alimentação das vacas com qualquer tempo
A escassez de chuva desde o fim de novembro do ano passado não trouxe reflexos na produção de leite na propriedade de Paulo Roberto Janisch, de 30 anos, em Linha Travessa, no interior de Venâncio Aires. Com irrigação na pastagem desde 2014, ele conseguiu até aumentar o volume entregue para a indústria neste período. Hoje, não se arrepende do investimento e lamenta não ter adotado o sistema antes.
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A decisão de estruturar a irrigação na propriedade ocorreu durante um período de poucas chuvas há seis anos. O fornecedor de silagem aumentou o preço e, diante da situação, Janisch mandou suspender a entrega e procurou a cooperativa que faz o recolhimento de leite em busca de um sistema para garantir a umidade nos piquetes. O investimento na época no equipamento, suficiente para 4 hectares de pastagem, atingiu R$ 36 mil, com prestações descontadas nas notas de leite em 36 meses. “Saiu mais barato que comprar silagem”, conta o produtor.
Janisch não teve gastos na construção de áreas de armazenamento de água, pois na propriedade já havia três açudes com peixes. Explica que o maior problema é a outorga para uso da água, que pode levar em torno de dois anos. Ele gastou quase R$ 6 mil para a obtenção do licenciamento, válido por cinco anos. O equipamento nos primeiros quatro hectares é móvel, com carretel e um aspersor. A ampliação agora em mais 2,5 hectares será com sistema fixo e três aspersores, com o investimento de R$ 7 mil.
Custo menor
O produtor Paulo Janisch usa a irrigação nos piquetes com sorgo, milho, capim braquiária e, no inverno, em azevém. Observa que o sistema é adequado para pequenas propriedades com até 10 ou 12 hectares, dependendo do tipo de pastagem. “Nas áreas com sorgo, em questão de 30 dias já dá para largar as vacas para se alimentarem”, explica. E em cada piquete, de 17 por 180 metros, é possível manter os animais por dois dias. Além da irrigação, o produtor usa adubo e ureia na lavoura para ajudar no desenvolvimento do pasto.
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O custo da alimentação também diminuiu após a instalação do sistema com irrigação. Janisch explica que atualmente representa metade do valor do leite e antes variava entre 60% e 70%. Observa que foi possível diminuir o uso de silagem de 30 a 40 quilos por vaca para 10 quilos e o uso de ração caiu em torno de 15%. A cooperativa para a qual fornece a produção atualmente paga R$ 1,34 pelo litro.
Na propriedade de 18 hectares, com 7,5 hectares em uso para a produção de leite, há atualmente 21 vacas em lactação, três secas e 17 novilhas. A média é de 20 litros de leite por vaca por dia.
Água da chuva pode garantir reservas de graça por semanas
Por: Romar Beling
Poucas coisas na vida caem do céu. A chuva é uma delas. Quando vem, vem de graça. No entanto, é muito frequente que ela seja de todo desperdiçada, ainda que faça uma falta enorme em épocas de estiagem, especialmente no meio rural. E por vezes implica em altos gastos para contornar o problema, quando isso precisa ser feito de última hora. A adoção de caixas d’água, leves, baratas e práticas de instalar, para captar, canalizar e armazenar a água dos telhados, bem como de cisternas de alvenaria ou de diferentes materiais, ainda é uma prática pouco comum, observa o técnico em agropecuária Vilson Pitton, da equipe do escritório municipal da Emater em Santa Cruz do Sul.
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Pouco comum, mas que poderia amenizar imensamente (e com baixíssimo custo) a falta de água em períodos curtos ou médios de estiagem, como os verificados neste princípio de ano na região. Conforme Pitton, a Emater inclusive costuma difundir em seus estandes na Expoagro Afubra as técnicas mais práticas e simples de captação de água da chuva, justamente como forma de orientar os produtores rurais que visitam a feira. No entanto, reconhece que há muito descaso em relação a esse recurso quando vem do céu, que acaba merecendo pouca importância junto às famílias.
Uma precipitação de pouco mais de 10 milímetros, uma chuvinha rápida, já é suficiente para, recolhendo e canalizando a água do telhado da casa, de um galpão ou de uma varanda, por exemplo, encher uma caixa d’água de 500 ou 1.000 litros. E este volume seria suficiente para saciar a sede de suínos, aves, gado de corte e leiteiro de uma pequena propriedade, por vários dias. Caso instalasse mais de uma dessas caixas d’água, em diferentes locais ou ambientes da propriedade, aproveitando para captar a água dos diversos telhados disponíveis, o produtor teria reserva para outras necessidades (lavar roupas, limpezas domésticas) e até para irrigar a horta ou o pomar. Hortaliças ou frutíferas costumam sofrer muito com a falta de água nos dias de sol intenso do verão, comprometendo o abastecimento das famílias com alimentos de subsistência.
E a implantação de uma estrutura mínima para captação da água da chuva é rápida, simples e muito barata. Além das caixas d’água de polietileno disponíveis à pronta-entrega em lojas de materiais de construção, de diversas marcas comerciais, as cisternas de alvernaria ou de outros materiais também são uma boa opção. Natural de Lagoa Vermelha e atuando junto à Emater em Santa Cruz há oito anos, Vilson Pitton lembra que a água da chuva poderia ter um aproveitamento amplo e excelente. Há quem opte, por exemplo, por não recolher a primeira água da chuva, deixando que os telhados sejam lavados com ela de poeiras e impurezas. Depois de alguns minutos de precipitação, então sim as famílias canalizam a água para as caixas.
Sem essa cultura, em períodos de estiagem forte, as famílias do meio rural se veem até na contingência de solicitar abastecimento com caminhão-pipa ou de solicitar socorro do poder público para construir tanques ou reservatórios, que, de última hora, nada resolvem. Conscientizar-se e não desperdiçar a água da chuva é a melhor forma de prevenir. Instalar caixa d’água ou cisterna já é quase obrigação, diante da oscilação do clima nos tempos atuais.
Adesão à irrigação na área do tabaco ainda é tímida
A adoção de sistemas de irrigação nas lavouras de tabaco ainda é pouco comum na região, ainda que essa cultura constitua a principal atividade econômica do campo. Apesar do estímulo aos produtores nos últimos anos, a adesão enfrenta entraves. Um deles é a burocracia para a legalização da estrutura de armazenagem de água, como açudes. O gerente técnico da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Paulo Vicente Ogliari, destaca que uma lavoura de 20 a 100 mil pés de tabaco precisa de um reservatório de bom porte.
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O custo para a compra do equipamento também é elevado e os produtores de tabaco muitas vezes encontram restrições para obter financiamento. Mas Ogliari afirma que já existem exemplos de agricultores que implantaram o sistema, especialmente no Sul do Estado, onde os fumicultores se mostraram mais receptivos a esses recursos e às novas técnicas de plantio. No mês de dezembro, Giovane Luiz Weber, produtor rural e autor da coluna Por Dentro da Safra, publicada às terças-feiras na Gazeta do Sul, visitou a propriedade de Elissandro Maquardt Bierhals, em Canguçu Velho, no interior de Canguçu. Ele cultiva 60 mil pés de tabaco com estrutura de irrigação por gotejamento. A implantação do sistema começou há quatro anos, quando, sem conseguir financiamento via banco, Bierhals decidiu investir por conta própria R$ 41 mil para irrigar, inicialmente, 40 mil pés.
Com o resultado positivo da experiência, Bierhals ampliou a estrutura para 60 mil pés. Ele sozinho se encarrega de aplicar a adubação de cobertura, com salitre, tudo via água, pelo sistema integrado de fertilização e irrigação, conhecido como fertirrigação, tudo feito de uma sala, onde ficam os controles. Mas a propriedade precisa estar apta a implantar a irrigação, com água disponível, e ainda cumprir os trâmites legais, com a outorga para uso na agricultura.
Embora o custo inicial seja alto, a produtividade de cerca de 2,3 mil quilos por hectare no modelo convencional pode chegar a 4,5 mil quilos. O gerente técnico da Afubra ainda destaca que a mesma estrutura de irrigação para o tabaco é aproveitável em outras culturas na propriedade.
Caixas de diferentes tamanhos
As caixas d’água mais comuns, de polietileno, com tampa, com longa vida útil desde que bem-cuidadas e manuseadas, estão disponíveis em diferentes tamanhos e formatos. As mais comuns são as de 310, 500, 1.000 e 5.000 litros, embora haja as de 10.000 e 20.000 litros e ainda de volumes intermediários. São oferecidas à pronta-entrega e podem ser levadas pelo próprio comprador, bem como muitas lojas fazem a entrega na cidade ou na região. Vendedor em uma das casas de comércio, Fábio Figueiredo Tavares diz que os modelos mais em conta, de 310, 500 e 1.000 litros custam, respectivamente, cerca de R$ 169,00, R$ 190,00 e R$ 330,00.
Considerando-se que, captada, a água da chuva chega de graça, o valor investido rapidamente retorna diante da simples comparação com uma estrutura mais onerosa para obtenção de água, como o custo do serviço de máquina na construção de um tanque ou açude ou de um poço artesiano. Além da caixa em si, para captação da água muitos adotam acessórios, como calhas, boias, adaptadores de entrada e saída de água ou torneiras.
No entanto, muitos produtores optam por simplesmente acomodar a caixa junto de telhados, acoplando um cano aberto ao meio para captar a água e assim canalizá-la para dentro da caixa. Quando esta se enche, basta interromper o fluxo da água do cano e colocar a tampa. A cada nova chuva, inclusive para renovar a água, pode-se destampar a caixa e deixar mais líquido entrar, até encher de novo o reservatório. E então é só usar, nas mais diversas finalidades.
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