No início da madrugada desta quinta-feira, 7, um comerciante, de 48 anos, acabou sendo rendido pelos ladrões que atacaram uma agência do Banrisul, em Passa Sete. O trio, encapuzado e armado, chegou ao local pouco depois da meia-noite. Os ladrões instalaram explosivos em um dos caixas eletrônicos, na área de autoatendimento, mas fugiram sem levar nada. O artefato, que foi removido durante a manhã pelo Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Brigada Militar, não chegou a detonar.
De dentro casa, o morador escutou o momento em que os bandidos estilhaçaram o vidro em frente ao banco. Logo após, ouviu o alarme da agência tocar. Algum tempo depois, o comerciante passou a escutar conversas na rua. Então decidiu sair para ver o que tinha acontecido. “Pensei que era a polícia. E decidi ir lá ver o que houve”.
O comerciante saiu de casa na direção do banco. Cruzou entre veículos estacionados em uma área em frente à agência e então viu dois homens caminharem na sua direção. Um deles apontava a arma para o morador. Outro carregava uma arma longa, possivelmente uma espingarda, segundo a vítima. “Vem! Vem!” gritavam. “No início eu achei que era a polícia me abordando. Pensei que não tinham me reconhecido e estavam me confundindo com o ladrão. Pra minha surpresa eram os próprios bandidos”.
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Por alguns minutos, ele foi obrigado a permanecer deitado no chão, enquanto o trio terminava de instalar os explosivos. “Vamos! Vamos!”, gritaram os criminosos antes de correr na direção de um carro, estacionado nas proximidades. O artefato não havia explodido. “Eu acho que tive sorte. Imagina se estourasse a dinamite. Eram capaz de me dar um tiro. Se livrar de mim, pegar o dinheiro e ir embora”.
Remoção de artefato
Na manhã desta quinta-feira policiais do Gate, da Capital, estiveram em Passa Sete. Com o uso de uma roupa especial, antifragmentação, removeram o material deixado dentro do caixa eletrônico. Após a retirada, fizeram a neutralização do artefato em uma área isolada. De acordo com o Gate, o material usado pelos bandidos foi uma emulsão explosiva, um dos mais comuns nesse tipo de ação criminosa. O explosivo é semelhante ao usado na madrugada de segunda-feira, 4, em Vale Verde.
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