Que o leitor pense em um lugar inesquecível: esse é o Laos, no Sudeste Asiático. A marca registrada do povo que vive por lá, sem dúvida, é a força de vontade e resistência. Afinal, passar por tantas guerras e ainda se manter de pé não é para qualquer um. Tanta perseverança é conseguida através dos ensinamentos de Buda.
Atualmente, as minorias que formam mais da metade da população do Laos convivem pacificamente. E a nação laosiana descobriu a vocação para o turismo. O governo tem investido maciçamente em infraestrutura e, se a capital daquele país, Vientiane, não chega a ser a mais bela do mundo, encanta pela amabilidade do povo e pelo seu jeito peculiar de viver. A calma do lugar é impressionante.
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Bem no centro de Vientiane está localizado o Patuxai, o Arco do Triunfo, um monumento construído entre os anos de 1957 e 1968. O Patuxai foi uma maneira de homenagear os laocianos que lutaram pela independência do país ante a França.
E é bom preparar-se para um mergulho no tempo. A fascinante Luang Prabang fica a 140 quilômetros da capital e é a segunda maior cidade do país. Trata-se de uma verdadeira joia, declarada Patrimônio da Humanidade. Ali não existe um único sinal de trânsito e os pouco mais de 20 mil habitantes parecem estar inteiramente mergulhados no espírito budista. A maioria dos habitantes de Luang Prabang mora em pequenas vilas, que cercam a montanha de Phou Si. No topo do monte se ergue um admirável santuário construído no século 14. Este é apenas um dos 30 mosteiros que sobreviveram aos longos períodos de guerras e revoluções.
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A rotina nos mosteiros é a mesma há séculos. Cada manhã, enquanto os galos mal começam a cantar e as famílias acendem o fogo para preparar o desjejum, os monges saem para cumprir as tarefas do rigoroso regime monástico. Em vestes cor de açafrão, eles deslizam pelas ruas ainda escuras. Batem de porta em porta, com tigelas na mão, esmolando um pouco da comida dos crentes.
Passear pelas ruas de Luang Prabang é ver de perto um pouco da história dos tempos coloniais, principalmente nas áreas não budistas, das etnias Hmong e Mien, onde se pode encontrar muitos traços e heranças dos antigos colonizadores, como supermercados coloridos, hotéis e restaurantes. Os mais antigos falam francês e servem um bom café, além do bife com batatas fritas.
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Há ainda em Luang Prabang o Ho Kham, o Palácio Real Dourado, hoje transformado num museu e que mostra o retrato perfeito de tantos anos de convivência: arquitetura e artes francesas misturadas ao imaginário budista.
A cidade, que é uma das antigas sedes da realeza, oferece várias opções para tornar a visita tão confortável quanto recompensadora. Um bom exemplo disso é a Vila da Princesa, originalmente residência do Príncipe Khampha. Graças aos bons ventos da abertura política, o prédio foi entregue a sua herdeira, que reformou todo o lugar. E é onde o turista mais se encanta. Onze quartos foram remodelados e destinados aos visitantes, a preços mais do que acessíveis. Com o interessante pátio restaurado e um restaurante ao ar livre, o complexo conta ainda com uma vista privilegiada de Thanam Sakkaalin, a rua principal.
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Outro hotel, na parte mais alta de Luang Prabang, disputa a atenção dos turistas. É resultado da união do governo local com uma rede hoteleira suíça e oferece quartos com ar-condicionado, piscina, comida e vinhos franceses para aqueles que gostam do exotismo, mas não dispensam uma boa mesa, cama limpa e confortável e um chuveiro revigorante.
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