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MARROCOS

Pelo mundo: o país que a novela ‘O Clone’ apresentou para o Brasil

Sendo um dos cenários de O Clone, sucesso de 2001 na tela da Globo, muitos brasileiros foram apresentados ao Marrocos pela novela de Glória Perez, que, aliás, voltou ao ar nas tardes da emissora, no “Vale a Pena Ver de Novo”. Na época de exibição da trama, há 20 anos, o telespectador ficou grudado na telinha, não só por causa dos personagens, mas também pelos belos cenários e costumes marroquinos que foram retratados. Realmente, é um país único, que vale uma viagem recheada de aventuras.

O Marrocos é um país de sonhos, que remete o visitante ao mundo das fábulas, das histórias das mil e uma noites, com danças e comidas exóticas. Para chegar ao país, é preciso pegar um avião no Brasil, fazer uma escala em Madri ou em Lisboa e, dali, seguir até a nação, considerada a porta de entrada para o Oriente. Dividido por uma imponente cadeia de montanhas, o Marrocos revela paisagens exóticas e diversificadas. Ao Norte, o clima é mais ameno, tem florestas, montanhas e praias. Já no Sul, a população é de mais baixa renda, tem praias e areia, mas muita areia mesmo. É o quente e misterioso deserto do Saara.

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Dizer que o lugar é exótico é pouco. Por ali correm lendas e mais lendas. Histórias contadas de pai para filho dão conta de que mulheres são roubadas, ou se oferecem “uma caravana de cem camelos” por uma mulher, principalmente as estrangeiras. Tudo isso é dito com muito bom humor pelos milhares de vendedores da cidade, que fazem, literalmente, tudo para que o freguês adquira a mercadoria. É bom lembrar que pechinchar é a palavra de ordem.

Um lugar bastante conhecido é a Medina, um conjunto de ruelas que fica na parte antiga da cidade. Elas formam verdadeiros labirintos, onde é muito fácil se perder. Ali se concentra todo o comércio. Na Medina se encontra de tudo, desde ervas, para o tradicional chá, até ouro – isso mesmo, ouro, que é vendido como qualquer outra mercadoria. Quanto aos ladrões, eles são severamente punidos pela lei muçulmana: têm a mão direita decepada, daí ficam marcados para sempre e nem se atrevem a aparecer. E quem rouba não escapa impune; por isso, o comércio dos produtos se dá com “naturalidade”.

O Marrocos, além de reunir montanha, mar e deserto, oferece aos visitantes um inusitado visual de frutas, roupas e mosaicos. Muitos costumes, seguidos há séculos, são o passaporte garantido para o passado, como o tradicional chá de menta, bem doce, que equivale ao cafezinho brasileiro e é responsável pela aproximação e confraternização social. É essa famosa bebida que coroa uma das práticas mais tradicionais: a negociação. Tudo o que se compra tem de ter negociação no preço. Claro que os vendedores dizem o primeiro preço das mercadorias um pouco maior do que o real, e daí começa a barganha.

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A rede de hotéis e restaurantes não deixa nada a desejar. Também as estradas e ferrovias são bem conservadas, facilitando o acesso. A capital do Marrocos é Rabat, que sedia o Palácio Real; construído em 1755, é sede do governo do Rei Mohammed VI. Chegando lá, é preciso visitar a Kasbah Oudaias, que foi construída no século 13, acima do ponto onde o Rio Bou Regreg, que separa Rabat de Salé, encontra-se com o mar.

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A mais famosa das cidades imperiais é Fès, capital artesanal e cultural do país. O lugar é constituído por três cidades: Fès el-Bali, fundada no século 8 e que integra o patrimônio histórico da Unesco; Fès el-Jadid; e a Cidade Nova. A Medina de Fès, com 10 mil ruelas, é visita obrigatória. A volta no tempo é garantida. É emocionante penetrar naquele interior e mergulhar na profusão de cores, aromas e sons.

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Marrakech é considerada a capital do sul do Marrocos; fundada em 1602, o nome significa “passe rápido que o sol se põe”. Surgiu como um aviso aos viajantes para que passassem rápido pela cidade, que tem 15 quilômetros de muralhas, antes do fechamento das 20 portas. Assim, estariam seguros dos ataques dos bandidos. Uma das atrações por lá é o Palácio Bahia.

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A comida marroquina é famosa pelos temperos. Por todo lado, existem “montanhas coloridas” de todos os tipos e gostos de temperos e especiarias. A iguaria mais famosa é o Corne de Gazelle, doce típico daquela região, um tipo de pastelzinho feito com massa de semolina, recheado de nozes e tâmaras e frito em óleo quente. Famosíssimo também é o cuscus marroquino, cuja mistura para o preparo pode ser encontrada no Brasil, nas casas de produtos importados.

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Não deixe também de conhecer os famosos curtumes do Marrocos. As peças confeccionadas em couro são as grandes vedetes da Medina de Fès, mas quem vê o produto final não imagina o modo rudimentar e artesanal pelo qual o couro é curtido e tingido. O turista brasileiro não precisa de visto no passaporte para entrar no Marrocos. Somente as mulheres deverão ter certo decoro com as roupas; não é preciso que cubram as cabeças com o véu, mas é bom evitar shorts ou saias muito curtas.

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