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ESTIAGEM

Pelo menos oito localidades de Santa Cruz já sofrem com a falta de chuvas

Veículos fazem distribuição de água em lugares que foram muito afetados pela seca

A Prefeitura de Santa Cruz do Sul está atenta em relação aos problemas enfrentados no município por causa da estiagem. As localidades mais afetadas são Linha Brasil, General Osório, São Martinho, Felipe Nery, Travessão Dona Josefa, Cerro Alegre Alto, Cerro Alegre Baixo e Arroio do Couto.

De acordo com o secretário de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade, Jaques Eisenberger, estão sendo distribuídos cerca de 80 a 100 mil litros de água por dia, com dois caminhões-pipa. Na semana passada, o Corpo de Bombeiros e o 7º BIB auxiliaram.

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Uma ação importante foi a licitação para perfuração de quatro poços artesianos, em São Martinho, Alto Paredão, Arroio do Tigre e Entrada Vitorino Monteiro. Por meio de um contrato emergencial, um novo caminhão-pipa está sendo providenciado para entrar em operação no início de 2022. Conforme o secretário de Agricultura, Hardi Lúcio Panke, os produtores afetados e o total de prejuízos ainda estão sendo levantados. As lavouras de soja e de milho devem ser as mais atingidas, assim como as de tabaco, com a baixa qualidade das folhas pela insolação excessiva.

Somente em 2021, foram abertos 200 açudes e aguadas como medida preventiva para o período de seca. As demandas estão sendo atendidas por três dragas e 11 retroescavadeiras. Na semana passada, a Câmara aprovou um programa de incentivo para a implantação de cisternas. O orçamento estimado é de R$ 30 mil para contemplar aproximadamente cem cisternas, com capacidade para 20 mil litros cada.

Venâncio Aires decreta emergência

O prefeito de Venâncio Aires, Jarbas Daniel da Rosa, declarou situação de emergência nas áreas rurais em razão da estiagem. O decreto foi assinado nessa terça-feira, 28. A Secretaria de Desenvolvimento Rural informou que famílias de todas as localidades do interior enfrentam algum tipo de problema com a falta de água.

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De acordo com a justificativa do decreto, a estimativa é de que 1,5 mil pessoas tenham sido atingidas. Os prejuízos na agricultura se acumulam e foram calculados em R$ 40 milhões. A Emater/RS-Ascar auxiliou a Prefeitura no levantamento de dados. As perdas na soja chegam a 70% e no milho, a 40%, além de 50% nas plantações de moranga e melancia. A produção leiteira caiu 25%, e os bovinos de corte tiveram queda de 15% em relação ao peso ideal.

Segundo o prefeito, dois caminhões-pipa estão em funcionamento durante o dia todo, com um total de 100 mil litros diários. A Prefeitura providencia a compra de caixas-d’água para uma armazenamento adequado. O Arroio Castelhano está sendo monitorado, em conjunto com a Corsan. “Estamos preocupados. Teremos poucas chuvas nos próximos três meses. Vamos trabalhar para enfrentar a situação”, comentou.

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