A morte de Edson Arantes do Nascimento, na quinta-feira, reavivou uma circunstância que liga a história do Rei do Futebol com Santa Cruz do Sul. Ocorre que Pelé teve uma filha com uma santa-cruzense. O fato veio efetivamente à tona e foi confirmado em 11 de abril de 2002, em uma entrevista dele ao jornal Zero Hora, na qual revelou ser pai de Flávia Christina Kurtz.

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Nessa quinta-feira, em meio às primeiras e imediatas repercussões da morte de Pelé, o jornalista Rafael Divério assinou texto no site GaúchaZH no qual recuperou esse acontecimento, advertindo para a relação de Pelé com a filha “gaúcha” Flávia.

E referiu que a mãe era a santa-cruzense Lenita Kurtz, como o próprio Rei confirmara em 2002. Nessa sexta-feira, consultado pela Gazeta do Sul, Divério salientou que não obtivera ainda nenhuma forma de contato nem com Flávia, nem com Lenita, ou com alguém da família; no entanto, também mantinha esforços nesse sentido.

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O que se sabe é que Pelé e Lenita tiveram affair breve, mas no qual foi concebida Flávia Cristina Kurtz, hoje com 54 anos, que agora assina Nascimento. Graduada em Fisioterapia, Flávia inclusive acompanhou direta e constantemente a família durante o período de convalescença do Rei no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Quando Pelé e Lenita se conheceram, o jogador estava em seu primeiro matrimônio, com Rosemeri dos Reis, com quem casou em 1966. Dessa união nasceram Kely, hoje com 55 anos; Edinho, 52; e Jennifer, 43. Pelé estava com 28 quando, em abril de 1969, a Seleção Brasileira veio a Porto Alegre para a inauguração do Gigante da Beira-Rio, estádio do Inter, vencendo o Peru por dois a um (no ano seguinte, o Brasil conquistaria o tri mundial no México).

Lenita tinha 22 anos e era uma morena de olhos claros, pela qual Pelé se encantou. Teriam estado juntos em festa após o jogo, na casa de Everaldo, e se reencontrado no aeroporto. Nos meses seguintes, Lenita, que se tornara administradora, se transferira para São Paulo, onde Flávia nasceu.

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Pouco depois casou com o empresário Juarez Vieira de Carvalho, que acompanhou o crescimento da menina, e, por isso, também é tratado como pai. “Sou uma pessoa superprivilegiada porque tenho dois pais maravilhosos”, disse Flávia no ato da revelação de que era filha de Pelé.

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E foi só quando a menina já fizera 18 anos que a mãe decidiu revelar a verdade. Após um teste de DNA, Pelé a reconheceu como filha. Flávia e Pelé já se conheciam, portanto, desde 1990, e tinham ótima relação. Manter o fato em “segredo” era uma vontade dela.

Discreta, não queria ser conhecida como “filha do Pelé”. Ela voltara a morar em Porto Alegre, estudou Fisioterapia no IPA e, conforme salientou Divério, sempre pedia às poucas pessoas que sabiam da real identidade de seu pai que mantivessem segredo. Flávia deu ao pai inclusive um neto, Arthur.

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Além dela e dos três filhos com Rosemeri, Pele é pai do casal de gêmeos Joshua e Celeste, de 26 anos, com a cantora Assíria Seixas; e de Sandra (falecida em 2006), de uma relação com a empregada doméstica Anísia Machado.

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