Sol, calor, temperaturas girando em torno dos 30 graus. Essas informações poderiam estar em matérias publicadas em dezembro, janeiro e fevereiro. No Rio Grande do Sul, neste ano, porém, elas fazem parte das pautas de julho. O tradicional veranico de maio perdeu-se no calendário e deu as caras no que seria o auge do inverno. Mas o período quente acabou. Os termômetros voltaram a apontar o que é considerado mais normal para os gaúchos. Haja estrutura física para tamanha variação!
E os cuidados com a amplitude térmica não devem ficar restritos a evitar sintomas gripais ou algo do tipo. A pele sofre, especialmente, com o frio. Costuma ficar seca e sensível. “No inverno, tanto o rosto quanto o corpo costumam ficar mais ressecados”, afirma a dermatologista Gabriela Gassen. Ela explica que é um período no qual se produz menos oleosidade natural e, se a pele não for devidamente tratada, pode ficar irritada.
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Fugir do frio não é possível, pelo menos não durante todo o período de inverno. Então, a solução é buscar as alternativas disponíveis e a orientação de profissionais qualificados para suprir eventuais deficiências e garantir ações preventivas. “Devemos hidratar cada tipo de pele com hidratante e cuidados específicos e individualizados”, reforça a profissional.
Algo, no entanto, de consenso é a necessidade da utilização do protetor solar. Muitos devem pensar: “para que usar esse produto se o sol tem uma incidência menor durante o inverno?”. Gabriela destaca que ele protege contra os danos dos raios ultravioleta tipo B, principal causador do câncer de pele, mesmo este sendo menor durante o inverno. “Além disso, há também os raios do tipo A, que possuem um alto poder de penetração e causam vários tipos de manchas, perda de colágeno e flacidez na pele”, observa.
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A orientação para uso é igual à do período de verão. O fotoprotetor deve ser reaplicado a cada duas horas. E sua capacidade de proteção, o FPS, deve ser no mínimo 30. Além do sol, que é mais leve no período, o produto vai proteger da ação, por exemplo, da iluminação doméstica, do trabalho e até do computador e outras telas.
Colocar muitos agasalhos para garantir a temperatura ideal, quando está frio, é normal. O problema é, na hora de tomar banho, ter de tirar todas as roupas e encarar o chuveiro. Nesse momento, uma boa quantidade de água bem quente parece ser o ideal. Talvez naquele instante sim, mas o fato é que ela pode retirar parte da camada hidrolipídica da pele. E isso, conforme a dermatologista Gabriela Gassen, provoca ressecamento, coceira e um aspecto mais áspero.
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A água muito aquecida também é inconveniente para os cabelos. A alta temperatura estimula o aumento da oleosidade no couro cabeludo, causando ou piorando quadros de dermatite seborreica, a conhecida “caspa”, além de fazer com que haja maior queda capilar. “A condição é caracterizada por coceira, descamação e inflamação no couro cabeludo e outras regiões oleosas do corpo, como sobrancelhas, tórax, cantos do nariz e pálpebras”, acrescenta.
Gabriela enfatiza que essa é uma doença crônica, que apresenta períodos de melhora e piora dos sintomas. A causa não é totalmente conhecida, e a inflamação pode ter origem genética ou causada pelo fungo Pityrosporum ovaleser. “Também pode ser desencadeada por agentes externos, como alergias, situações de fadiga ou estresse emocional, baixa temperatura, álcool, medicamentos e excesso de oleosidade”, ressalta.
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A ideia de que a dermatite seborreica ganha mais força com as lavagens frequentes, alerta Gabriela, é mito. É importante manter a higiene dos cabelos, assim como do restante do corpo. E a hidratação também é uma opção viável e importante para esta época do ano, evitando fios ressecados e quebradiços.
A dica é usar um xampu adequado e a hidratação deve ser feita apenas nos fios, longe das raízes. “Para os pacientes que possuem dermatite seborreica, o tratamento precoce é importante e pode envolver as seguintes medidas: lavagens mais frequentes, interrupção do uso de sprays, pomadas e géis para o cabelo, o não uso de chapéus ou bonés, o uso de xampus que contenham ácido salicílico, alcatrão, selênio, enxofre, zinco e antifúngicos, o uso de cremes/pomadas também com antifúngicos e eventualmente com corticosteroide, entre outros especificados pelo dermatologista”, indica. O específico para cada caso deve ser indicado por profissional habilitado.
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