A constante redução de leitos de UTI livres e o aumento de casos de contágio e de internação por coronavírus resultaram na primeira identificação de risco epidemiológico altíssimo desde que o modelo do Distanciamento Controlado foi implementado, em maio. As regiões de Bagé e de Pelotas foram classificadas, nesta sexta-feira, 11, na bandeira preta no mapa preliminar da 32ª rodada.
Das outras 19 regiões, apenas Cruz Alta recebeu classificação de bandeira laranja (risco epidemiológico médio). As outras 18 estão na bandeira vermelha (risco epidemiológico alto) – entre estas está a região de Santa Cruz do Sul, que chega à terceira semana consecutiva com esta classificação.
A bandeira preta é a restrição máxima prevista pelo modelo de Distanciamento Controlado, e significa que tanto a capacidade hospitalar como o contágio por coronavírus alcançaram níveis críticos na região.
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Caso a classificação para risco altíssimo se mantenha no mapa definitivo, a ser divulgado na segunda-feira, 14, as restrições mais rígidas serão aplicadas nas regiões de Bagé e de Pelotas a partir da terça-feira, 15.
A decisão do Executivo estadual, anunciada em 30 de novembro, que suspendeu a gestão compartilhada do distanciamento controlado tinha validade inicial de 14 dias. A cogestão permitia que as regiões adotassem protocolos menos restritivos que os propostos no modelo. Portanto, a suspensão deixaria de valer na segunda-feira, dia 14. O governo informou que nesta data divulgará a decisão sobre prorrogar ou derrubar a medida.
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O governo do Estado destaca que o momento é de extremo alerta: o Rio Grande do Sul observou aumento em quase todos os indicadores monitorados pela equipe do Distanciamento Controlado. Houve elevação, nos últimos sete dias, de 14% nas hospitalizações por Covid-19 (de 1.174 para 1.338 casos), que alcançou o maior número desde o início do monitoramento.
Também é o número mais elevado de pacientes em UTI, em leitos clínicos e de óbitos. As mortes cresceram 15% nesta semana, chegando a 409 registros. Como resultado, há o menor número de leitos livres (407) no Estado, bem como a menor razão de leitos livres para cada ocupado (0,44), que baixou de 0,5 também pela primeira vez. Por isso, o governo do Estado reforça a necessidade de a população seguir os protocolos e as regras sanitárias estabelecidas pelo modelo.
Até as 6 horas de domingo, 13, municípios e associações podem enviar pedidos de reconsideração ao mapa preliminar para o governo. Os recursos serão analisados pelo Gabinete de Crise e o mapa definitivo será divulgado na segunda-feira, 14.
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Macrorregião Sul: de vermelha para preta
Em bandeira preta no mapa preliminar desta 32ª rodada, as regiões de Bagé e Pelotas (Macrorregião Sul), que compreendem 28 municípios, com 9,3% da população gaúcha, foram classificadas em risco altíssimo devido ao agravamento de importantes indicadores do Distanciamento Controlado.
Em relação ao número de óbitos, Pelotas é a mais expressiva, registrando 41 mortes confirmadas por Covid-19 nesta semana, quase o dobro se comparado com a semana passada (23 óbitos). Bagé registrou mais 10 mortes nesta semana, o mesmo indicador da rodada anterior, contudo, quintuplicou os registros na comparação com a semana retrasada, quando houve duas mortes.
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Desde a 26ª semana do Distanciamento Controlado, a região de Pelotas apresenta aumento nas hospitalizações de confirmados da doença. Enquanto na 26ª rodada foram 22 registros, na atual, são 87. De forma similar, Bagé apresenta aumento desde a 28ª semana, quando houve cinco hospitalizações – nesta, foram 23.
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A macrorregião Sul registrou também aumento em termos de ocupação de leitos de UTI, tanto para casos de Covid-19 (de 38 para 50) como por síndrome respiratória aguda grave (SRAG), de 54 para 74.
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Com isso, houve redução de 50% na oferta de leitos livres para tratamento intensivo na região, que agora está com 15 unidades – na semana anterior eram 30 e, na retrasada, 35. Contabilizou avanço também no acumulado de sete dias em termos de internações em leitos clínicos: foram 102 ante 75.
Ainda para a macrorregião Sul, o indicador relacionado à capacidade de atendimento piorou no comparativo entre as semanas. O percentual de pacientes confirmados para Covid-19 em leitos de UTI, com relação aos leitos livres, aumentou novamente. Enquanto na semana passada havia 0,79 leito de UTI livre para cada leito de UTI ocupado por paciente Covid-19, nesta semana o indicador passou para 0,30 – número mais baixo entre todas as macrorregiões e da série histórica de todo o modelo.
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