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Pedro Garcia analisa: debate dá o tom do segundo turno

O último debate entre os candidatos a governador do Rio Grande do Sul, realizado nessa quarta-feira, 3, pela RBS TV, refletiu o cenário da reta final da eleição, com um segundo turno praticamente encaminhado entre Eduardo Leite (PSDB) e José Ivo Sartori (MDB). Em vantagem nas mais recentes pesquisas de intenção de votos, os dois foram alvos durante todo o confronto.

Enquanto Leite foi pressionado duas vezes por conta das denúncias de irregularidades em exames pré-cancer realizados via SUS em Pelotas, Sartori ouviu críticas a seu governo do início ao fim. Em vários momentos, Jairo Jorge (PDT), Miguel Rossetto (PT) e Roberto Robaina (Psol) tabelaram para atacar a gestão em áreas como finanças, funcionalismo, segurança e educação.

Com passaportes carimbados para o segundo turno, e embora tenham trocado farpas no horário eleitoral gratuito na semana passada, Leite e Sartori evitaram o embate direto. A não ser no momento em que o atual governador questionou o tucano sobre o fato de o PSDB não ter apoiado na Assembleia o plebiscito para venda de estatais, acusando o partido de ter “ficado ao lado do PT” e de ter negado à população o direito de se manifestar sobre o assunto.

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A discussão acabou por dar o tom de como deve ser o segundo turno entre dois candidatos que, na prática, adotam linhas programáticas semelhantes, ao menos no que toca à política econômica – ambos são a favor das privatizações e do acordo de recuperação fiscal, por exemplo.

Sartori exaltou sua experiência, como forma de se contrapor a Leite, o mais jovem entre todos os candidatos. O tucano, em contrapartida, fez críticas ao que vem chamando de “velha política” e destacou, mais de uma vez, feitos de sua administração em Pelotas, incluindo uma UPA cuja manutenção a Prefeitura teve que assumir devido a atrasos de repasses do Estado.

Tudo indica que é essa disputa – experiência x renovação – que vai pautar a fase definitiva da eleição. Salvo alguma surpresa nos próximos dias – o que, em se tratando de Rio Grande do Sul, não é impossível.

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