Categories: Política

Pedro Garcia analisa: a campanha, enfim, começou

A apatia da disputa pela Prefeitura teve fim na manhã deste sábado. No aguardado primeiro debate desta eleição, realizado pela Rádio Gazeta AM e Portal Gaz, os cinco homens que disputam o Palacinho finalmente mostraram a que vieram. Em quase duas horas e meia de confronto direto, ao vivo, os candidatos finalmente deixaram claras as suas estratégias e mostraram por que essa é uma das eleições mais emblemáticas da história de Santa Cruz do Sul.

O fato é que, passado mais de um terço do período eleitoral, e a menos de um mês da votação, os prefeituráveis ainda não haviam de fato apresentado suas credenciais ao eleitorado. Não resta dúvida de que, a partir de agora, a campanha ingressa em um novo momento – e a pesquisa de intenção de voto que será divulgada pela Gazeta do Sul na próxima semana também servirá de combustível.

Pela primeira vez, Telmo Kirst (PP) e Sérgio Moraes (PTB) assumiram o peso que a polarização entre as duas frentes exerce neste pleito – ao menos por enquanto. Ambos aproveitaram seus espaços para se voltar um ao outro e partiram para o ataque. Frente a frente – o que jamais havia sido visto – os dois trocaram farpas e levantaram assuntos polêmicos, como o contrato assinado por Telmo com a Corsan, a dívida da AES Sul e o apoio de Sérgio a Eduardo Cunha. No quarto bloco, quando Telmo dirigiu uma pergunta a Sérgio, o clima no estúdio ficou realmente tenso e, terminada a discussão, ouviu-se xingamentos no estúdio.  Ficou evidente que um estava chamando o outro para a briga e que ambas as campanhas tem no enfrentamento com o outro o seu grande mote. Em suas falas, Telmo insistiu no mantra da gestão, enquanto Sérgio tentou se colocar como o candidato mais identificado com o povo.

Publicidade

Já os demais candidatos buscaram se aproveitar da situação para bater na necessidade de renovação no comando do município. Gerri Machado (PT) criticou diversas vezes o revezamento de “duas famílias” no poder, enquanto Fabiano Dupont (PSB) se empenhou em vender um perfil mais técnico do que político. Afonso Schwengber (PSTU), por sua vez, manteve o discurso voltado à defesa dos interesses dos trabalhadores e buscando igualar os adversários.

A campanha, enfim, começou.

Publicidade

TI

Share
Published by
TI

This website uses cookies.