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Pedidos de seguro-desemprego crescem 6,7% em Santa Cruz

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Mesmo com a tendência de saldo positivo na geração de postos de trabalho com carteira assinada, a procura por seguro-desemprego em Santa Cruz do Sul cresceu em 2022. Segundo dados da Fundação Gaúcha do Trabalho e Assistência Social (FGTAS), o aumento nos requerimentos foi de 6,7% em relação a 2021.

Ao todo, 5.105 pedidos foram encaminhados no ano passado no município. No ano anterior, haviam sido 4.782. A maior disparada aconteceu no mês de janeiro, quando foram registrados 683 requerimentos, ante 392 de 2021.

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O aumento pode estar relacionado à redução na demanda por safreiros nas indústrias de tabaco, que foi cerca de 8% menor do que no ano anterior. Ainda assim, em novembro o município acumulava, de acordo com o Novo Caged, um saldo de 2,5 mil vagas criadas desde o começo do ano.

A procura por seguro-desemprego em Santa Cruz acompanhou a tendência do Rio Grande do Sul, que registrou um aumento de 5% nos pedidos. De acordo com a economista-chefe da Fecomércio, Patrícia Palermo, ainda que o balanço da empregabilidade seja positivo, as demissões vêm crescendo em ritmo mais rápido do que as contratações nos últimos meses no Rio Grande do Sul. “Muitas pessoas que estão sendo admitidas não estão saindo de um emprego e entrando em outro. Para a taxa de desocupação cair, como está caindo, muitas dessas estavam na condição de desocupadas”, afirma.

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Patrícia lembra que a legislação brasileira garante uma série de proteções para quem é demitido, como o saque do FGTS e as verbas rescisórias, além do acesso ao seguro-desemprego. “Isso, associado a um mercado de trabalho informal muito grande e a salários médios baixos na economia brasileira, cria incentivos para que, quando há aquecimento no mercado de trabalho, ocorra um aumento nos desligamentos”, comenta.

Já o economista Bruno Lanzer avalia que, embora o Rio Grande do Sul tenha enfrentado mais dificuldades no ano passado devido à estiagem, o desempenho do mercado de trabalho é semelhante ao do País, que registrou recuo no desemprego e geração de mais de 2 milhões de postos formais. Segundo Lanzer, mesmo com o aumento, o volume de requerimentos de seguro-desemprego “não é preocupante”. “O número de pedidos ainda é baixo na comparação com outros períodos. É muito mais fruto de uma desaceleração cíclica da economia. Mas o mercado de trabalho está bastante aquecido”, observa.

Os registros do FGTAS mostram que, no Estado, a maior parte dos pedidos de seguro-desemprego foram encaminhados por homens, na faixa dos 30 anos e com ensino médio completo. O setor de serviços, que é o principal motor da geração de empregos no país atualmente, também concentra o maior volume de requerimentos.

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Perspectivas para 2023

Para o economista Bruno Lanzer, o cenário para o mercado de trabalho em 2023 é “bem mais desafiador”. Com a elevação de taxas de juros nas principais economias, o mundo deve registrar um crescimento menor. No Brasil, já há indicativos de desaceleração, o que deve afetar o setor de serviços e, consequentemente, a empregabilidade.

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Segundo ele, embora possa ter um crescimento superior ao do Brasil, o Rio Grande do Sul não deve evitar os reflexos do juro elevado. Entre os fatores que podem influenciar estão o desempenho da China e as políticas que forem adotadas pelo novo governo federal. “Se o caminho for do controle dos gastos, com a apresentação de um arcabouço fiscal que seja crível e leve a um superávit que estabilize a dívida pública, então as perspectivas são melhores. Em caso de descontrole fiscal, o cenário poderá ser ainda mais desafiador”, analisa.

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Já a economista-chefe da Fecomércio, Patrícia Palermo, lembra que, embora ainda haja um contingente muito grande de pessoas em busca de emprego, simultaneamente há muitas empresas com vagas abertas e sem candidatos aptos, sobretudo em áreas como TI. “Existem condições de empregabilidade que dependem da condução da economia, mas as pessoas também têm grande responsabilidade pela sua empregabilidade individual.”

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