Os 189 ciclistas inscritos para o 6º Pedal das Cucas, organizado pelo Santa Ciclismo, enfrentaram a garoa e a queda das temperaturas na manhã deste domingo e se aventuraram pelo interior de Santa Cruz do Sul. Em duas opções de trajeto, os participantes, vindos de 26 municípios do Estado, também foram hábeis para passar por trechos de barro e subidas íngremes – algumas delas propiciaram o ganho de até 900 metros de altimetria e, obviamente, a vista de belas paisagens. A programação começou no sábado à tarde, com a entrega dos kits aos participantes no Parque da Oktoberfest, junto à 23ª Festa das Cucas.
O restante dos kits foi entregue na manhã do domingo, no Centro de Convivência da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), com recepção aos participantes e café da manhã. A largada aconteceu às 8 horas, na Unisc, de onde os participantes seguiram pela Avenida Independência em direção a Linha Travessa. No local, se dividiram em dois trajetos: o Cuca Salgada e o Cuca Doce. O primeiro, com 38 quilômetros, incluiu passagem por Boa Vista, Linha Nova e Linha Santa Cruz e passou por locais com até 900 metros de ganho de altimetria. O segundo, com 32 quilômetros, teve como rota Linha Sete de Setembro, Travessa Radtke e Rio Pardinho, com até 400 metros de ganho de altimetria. Os dois trajetos foram concluídos com retorno até a Unisc.
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Conforme um dos integrantes da comissão organizadora, Giovane Faccin, o número de inscritos ficou na média das últimas edições e só não foi superado em função da chuva. No entanto, a quantidade de cidades representadas bateu recorde. Entre os participantes vindos de outros municípios estavam Juliana e Luciano Casirigui, de 49 e 54 anos, respectivamente. Com outros seis casais, eles integram o grupo Jabuti, de Carazinho, no Norte do Estado.
Em conversa com a Gazeta do Sul minutos antes do início do trajeto, a administradora contou que ela e o marido pedalam há cinco anos e que o percurso mais longo que já fizeram foi de 320 quilômetros pelo Vale Europeu, em Santa Catarina. “Começamos a praticar o ciclismo depois que o Luciano sofreu um acidente e precisou fazer exercícios para fortalecer o joelho”, resumiu Juliana. Em Santa Cruz desde a sexta-feira, o casal revelou que estava na expectativa de contemplar as paisagens da trilha, já que iriam estrear no evento.
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Giovane Faccin destacou que essa edição, além de comemorativa, teve o objetivo de divulgar o cicloturismo rural. Por isso, a passagem ocorreu por propriedades particulares, com prévia autorização. “Em cada um dos trechos, nós contamos com o auxílio de uma família, que ficou responsável pela oferta das cucas aos participantes. Essa é uma forma de valorizar a nossa agricultura familiar e de, cada vez mais, trazer as pessoas do interior para a prática desse esporte”, disse, caracterizando o evento como a “festa do ciclismo”. O organizador também fez questão de mencionar o apoio recebido da Unisc, da Germani Alimentos e da Gazeta Grupo de Comunicações.
No retorno do pedal, por volta das 11h30, foi servido almoço no Restaurante 22, junto à Unisc. O encerramento estava programado para as 14 horas. Os primeiros 150 inscritos confirmados receberam medalha de participação e os primeiros 120 um brinde exclusivo do Pedal das Cucas.
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Quem também esteve pela primeira vez no Pedal das Cucas foi o grupo Sem Pedal, de Canguçu, no Sul gaúcho. O nutricionista Luiz Hermes Júnior, 37 anos, e o casal de amigos, a professora Aline Leonardi de Aquino, 45, e o técnico em telecomunicações Uberlan Quadros de Aquino, 46, destacaram a importância de vincular o cicloturismo a outros eventos, como a Festa das Cucas. “É uma forma de envolver os participantes e de incentivar a prática do esporte e o cuidado com a saúde”, observou Luiz, ao considerar que o cicloturismo não visa a competição, mas a integração entre os participantes.
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O grupo tem em torno de 12 participantes ativos, mas iniciou com cerca de 70. “Começamos faz pouco mais de dois anos, durante a pandemia, e agora nos reunimos praticamente todos os fins de semana”, contou Aline. Ela recorda que seu trajeto mais longo foi de 105 quilômetros, pelo Morro Ferrabraz, em Sapiranga, na companhia do marido. Ambos moram, atualmente, em Porto Alegre, mas mantêm o vínculo com os ciclistas de Canguçu.
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Questionados sobre a expectativa de trilhar o interior de Santa Cruz, os três disseram que torciam pela pausa na chuva e aproveitaram para divulgar a Rota do Pêssego, um dos eventos que costumam organizar. Segundo eles, a última edição teve mais de 600 ciclistas. A trilha é feita em meio aos pessegueiros e os participantes podem colher a fruta no pé.
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