A pressão pela saída do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, aumentou nos últimos dias na capital federal. Investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e na mira de parlamentares do Centrão que buscam emplacar um nome na pasta, o general tem sua continuidade no governo ameaçada em meio aos recordes sucessivos de mortes por Covid-19 no País.
Pazuello pode pedir para deixar o cargo para tratar de problemas de saúde, de acordo com o jornal O Globo. Segundo uma fonte do alto escalão do governo ouvida pelo jornal O Estado de São Paulo, o pedido de saída de Pazuello “faz todo sentido”.
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O militar especialista em logística seria substituído por alguém da área de saúde. A cardiologista Ludhmilla Abrahão Hajjar e o presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Marcelo Queiroga, seriam dois nomes cotados para o cargo.
No sábado à noite, o presidente da República, Jair Bolsonaro, se reuniu com ministros da ala militar do governo no Hotel de Trânsito de Oficiais do Exército, onde mora Pazuello.
Além do ministro da Saúde, participaram da conversa os ministros Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, Braga Netto, da Casa Civil, e Fernando Azevedo, da Defesa. Todos são generais do Exército da reserva, à exceção de Pazuello, que permanece no serviço ativo.
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A reunião ocorreu de última hora e não constava na agenda do presidente e dos ministros. Eles deixaram o local sem dar declarações à imprensa.
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O governo trabalha para conseguir o mais rápido possível ampliar a quantidade de vacinas disponíveis para prevenção da Covid-19, mas o País bate recordes de mortos e infectados a cada semana, ao passo que Pazuello tem sido obrigado a rever para baixo a previsão de vacinas disponíveis neste mês.
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No sábado, o ministro manteve reunião com governadores do Nordeste – em sua maioria de oposição a Bolsonaro. Eles anunciaram a compra de 37 milhões de doses da vacina russa Sputnik V contra a Covid-19 e fizeram acordo com o governo federal para que as doses passem a ser consideradas parte do Plano Nacional de Imunização.
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