“Ich bin Leben, das leben will, inmitten von Leben, das leben will“ – Albert Schweizer. “Eu sou vida, que quer viver, em meio à vida, que quer viver.”
Toda vida quer viver, humana e não humana. Todos nós queremos viver. Queremos vida digna, livre, sem sofrimentos, vida pacífica. Reverenciar a vida é fundamento da empatia e da vida responsável. Esta é a defesa do renomado filósofo, teólogo, médico e humanista Albert Schweitzer, detentor do prêmio Nobel da Paz de 1952. Para ele toda e qualquer vida, seja humana, animal ou vegetal merece respeito, reverência e proteção. Sem essa veneração para com a vida, a humanidade não terá futuro, alerta Schweitzer, que é considerado um dos maiores pensadores do século 20.
E o que dizer, então, do desrespeito à vida, das violências e atrocidades que afligem o mundo e estão presentes em nosso meio? Violência está presente em praticamente todas as esferas sociais. O que leva humanos, ou melhor, seres desumanos a isso? Muitas e variadas são as causas. Fanatismo e ganância sempre foram fermento para violência. Diz um ditado alemão: “Die Gier wird niemals satt, bis sie das Maul voll Erde hat” – a ganância nunca ficará satisfeita até ter a boca cheia de terra, ou seja, quando o ganancioso morre e é enterrado. A ganância impede vida pacífica, não conhece empatia. Ganância e fanatismo cegam o ser humano.
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Para Dwight D. Eisenhower, ex-presidente dos EUA, descendente de alemães: “Cada canhão que for construído, cada navio de guerra que for lançado, cada foguete disparado significa, em última instância, um desfalque para com quem passa fome e não tem o que comer, para com aqueles que passam frio e não têm o que vestir. Um mundo comandado por armas não gasta somente dinheiro. Gasta também o suor de seus trabalhadores, o espírito de seus cientistas e a esperança das crianças.” Isso reforça o entendimento de que toda forma de guerra e de violência é injusta, é um atentado à paz.
E o ex-ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Hans-Dietrich Genscher, sentencia: “Die Welt des 21. Jahrhunderts wird nur dann ihre Stabilität bewahren können, wenn sie von der Stärke des Rechts und nicht vom Recht des Stärkeren bestimmt wird.” – “O mundo do século 21 poderá preservar sua estabilidade somente se for determinado pela força da lei e não pela lei dos mais fortes.“ A lei dos mais fortes põe os interesses de uma minoria acima de tudo e de todos. Escraviza. Transforma vidas em instrumentos a seu serviço.
Mas a paz no mundo principia pelo respeito que cultivamos para com a vida em nosso lugar de viver. Respeito às regras na convivência coletiva. Respeito é a forma mais simples para lidar com vidas. Respeito e reverência para com a natureza, para com todas as formas de vida. “Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará lhe ensinar amor por seus semelhantes”, diz Schweitzer – para ele, esta é a única maneira para influenciarmos positivamente o mundo em que vivemos. Sejamos, pois, em nosso cotidiano, o exemplo de vida que queremos ver no mundo. Semeemos paz em nosso entorno, em nossos caminhos. Não esqueçamos de que nossa vida é parte integrante de todas as vidas existentes na Terra. E a Mãe Terra abriga todas, e todas merecem reverência e paz para viver.
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