O mês de janeiro deste ano de 2025 bateu todos os recordes em termos de aquecimento global. Todavia, este não é um registro pontual; ele se alinha ao que vem acontecendo mês após mês, acentuando a curva perigosamente ascendente. Por certo que foram obtidos avanços ao longo do tempo e seria impróprio não reconhecê-los; todavia, a velocidade dos ganhos socioambientais está muito aquém da aceleração das perdas.
Há uma semana foi encontrada esta paca na Rua Capitão Pedro Werlang. Segundo o biólogo Paulo Kuester, pela mancha de sangue em torno de sua boca, provavelmente tenha morrido por hemorragia interna após um possível atropelamento. Paulo acrescenta que, “comparando o padrão de manchas dela, acho que a registrei no dia 23 de novembro de 2024, em uma região próxima do Cinturão Verde”. Lamentável e preocupante: mais uma vida perdida e a biodiversidade atropelada.
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A reveladora imagem de capa da Gazeta do Sul de quinta-feira ficará para sempre em nossas memórias. Aumenta a necessidade de se cuidar ainda mais das árvores do Túnel Verde, também no caso das obras de revitalização da Rua Marechal Floriano. Aproveitemos este momento para, enquanto coletividade, elaborar um efetivo plano de gestão socioambiental de preservação do Túnel Verde, bem como para os demais espaços públicos. Se mais não fosse, lembremos que nestes dias de calor intenso se faz notório o bem-estar proporcionado pelas tipuanas e por outras espécies de árvores em nossas praças e ruas, bem como se faz ainda mais sufocante caminhar pelas ruas sem ou com poucas árvores.
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Há 44 anos, o sr. Rui Francisco Soder mantém seu ponto de táxi na esquina da 28 de Setembro com a Marechal Floriano. Ele lembra o ano de 1981, quando foi plantada a muda que originou a vistosa tipuana na mesma esquina. E aconselha: “As tipuanas são como a gente. Precisam de ajuda”. Seu Rui sugere um monitoramento continuado do Túnel Verde.
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Um córrego atravessa o terreno inconsolidado, sujeito a deslizamentos, logo abaixo da Rua Vereador Benno João Kist. As águas, ora ligeiras, ora serenadas, serpenteiam por entre seixos e matacões atestando o esplendor remanescente da Mata Atlântica. Junto à rua encontramos dona Jaqueline Elisabete Luedtke, que trabalha como diarista em residência próxima. Ela sintetiza, com uma ponta de inquietude, o cenário em frente: “Que paisagem linda! Tomara que permaneça assim!”
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