O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) foi eleito nesta quinta-feira, 12, presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM). Após intensa negociação durante a semana, com candidatura única, ele obteve 14 dos 17 votos da comissão. Três parlamentares votaram em branco. Sob os olhares atentos de parlamentares da bancada evangélica e defensores do movimento LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros), ao ser eleito, Pimenta adotou um tom conciliador e se comprometeu a ouvir todos os pontos de vista sobre os assuntos que serão debatidos na Comissão. “Assumirei as premissas fundamentais de reconhecer as igualdades e diferenças”, disse.
Ao se referir a pautas de gênero, que classificou de “pautas intolerantes”, o novo presidente da CDHM deixou claro como pretende se posicionar a frente do colegiado. “Não podemos nos calar diante das manifestações de ódio. Não teremos medo de enfrentá-las. Compartilhamos uma visão moderna de direitos humanos”, declarou Pimenta. Ainda segundo Paulo Pimenta, não se pode admitir a fragilização da cultura dos Direitos Humanos. “É urgente que se promova o debate necessário à constituição de novas formas de convivência fundadas nos princípios da solidariedade, da sustentabilidade, da diversidade e da inclusão”, afirmou.
Desde a semana passada, o colegiado tenta preencher a cadeira mais importante da comissão. Apesar do acordo firmado entre os líderes partidários de que o PT ficaria no comando da comissão, o deputado da bancada evangélica Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ) chegou a lançar candidatura avulsa, mas para que o acordo não fosse quebrado, o PSD o tirou da condição de membro titular da CDHM e o deixou com uma vaga de suplente na comissão. O mandato de Paulo Pimenta na Comissão de Direitos Humanos da Câmara será de um ano. A definição da vice-presidência do colegiado ainda não foi definida.
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