Além de associação criminosa e concussão, Paulo Lersch, a mãe dele Nersi Ana Backes e o assessor Carlos Henrique Gomes da Silva vão responder por crime de coação no curso do processo. Segundo a denúncia do MP, após tomarem conhecimento da investigação, os três passaram a fazer intimidações e ameaças contra supostas testemunhas.
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A primeira situação teria ocorrido na terça-feira da semana passada, após o cumprimento de um mandado de busca e apreensão na casa de Nersi. Naquela noite, Nersi teria informado a uma servidora, por intermédio de terceiros, que “o esquema falhou” e que ela deveria se deslocar imediatamente até um local onde estariam os três. Receosa, a servidora não compareceu.
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Já na quinta-feira, um dia após uma servidora prestar depoimento, o vereador teria entrado na sala onde ela trabalha na Câmara e questionado o que ela havia relatado ao MP, ao que ela respondeu que havia falado a verdade. Nesse momento, Lersch teria dito a ela que chamasse seu advogado para que eles pudessem “armar uma estratégia” e que ela precisaria alterar seu depoimento, pois teria “ralado com a vida dele”.
No mesmo dia, outra servidora que havia prestado depoimento também teria sofrido intimidações de Lersch e Carlos em seu gabinete. Na ocasião, Carlos teria ordenado que ela informasse tudo o que havia dito ao MP e, após ela relatar, os dois cobraram ela sobre o porquê de ter concordado em prestar depoimento sem ser “instruída”.
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