Gosto de compartilhar com os leitores da minha coluna na Gazeta do Sul minhas vivências no interior, apesar de ter saído de Trombudo muito novo. Isso foi no início de 1960, quando tinha 12 anos e meu pai fora transferido para a cidade com a função de subprefeito do primeiro distrito.
Seu Edwino queria que o filho, que gostava de estudar, tivesse a oportunidade de fazer o Exame de Admissão ao Ginásio. Esse sonho foi alcançado, mas com dois anos de atraso, pois em Trombudo não havia o curso ginasial.
Há duas semanas, recebi a visita da secretária de Educação do Vale do Sol, Deisi Cristiani Blasi dos Santos, acompanhada da Patrícia, servidora da Secretaria, e Priscila, da Comunicação. Foram incumbidas de me proporcionar um momento muito feliz, lógico, com o aval do prefeito, Maiquel Evandro Laureano Silva. Tive a honra de ser convidado para ser o patrono da Feira do Livro do município, com direito de ser homenageado pela Câmara de Vereadores, presidida por César Leandro Ebert.
O evento acontecerá no dia 5 de outubro e, no outro dia, falarei com os alunos. Recebi esse WhatsApp da Deisi: “Gratidão pela recepção, por ter aceitado esse convite especial e também pela disponibilidade para compartilhar suas histórias, vivências e lembranças de ‘Trombudo’ com nossos alunos. Satisfação enorme em poder prestar essa merecida homenagem.” Estou todo supimpa com este reconhecimento.
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Na minha última coluna, falei dos jogos do Trombudo do meu tempo. Recebi diversas colaborações de pessoas que eram atletas do passado. Nunca fui jogador de futebol, porque sofri um acidente grave no pé, que aconteceu na chácara do Dr. Luiz Jacobus, quando cavavam um açude. Trombudo decerto perdeu o maior craque daqueles tempos e, pelo amor que tenho pela terra, jogaria com amor à camiseta.
Tivemos ótimos jogadores, que faziam com que a nossa torcida delirasse. As jovens prendadas certamente desejavam que algum deles as levasse ao altar, desde que tivessem a mesma religião. Os corações delas balançavam como os golos que o Caneta Krainovick fazia com maestria nas redes adversárias.
O endiabrado ponteiro direito foi o Branco, Nércio Rusch, que entortava os adversários com seus dribles e velocidade. Além deles tinha o Vereno Raasch, Astor Noll, Elói Birk, Chita, Pingo, Kaden, o craque Wílson Overbeck, Gressler, Krause. Em nome desses, sintam-se homenageados todos os atletas que vestiram a gloriosa camiseta do clube.
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Não posso deixar de lembrar dos tradicionais clássicos entre o Trombudo e o Formosa (Trombosa). A rivalidade era enorme entre os dois distritos vizinhos, que hoje formam o Vale do Sol. Coitado do trio da arbitragem! Tinham que entrar e sair escoltados pelos dois soldados que faziam a segurança. E enquanto a cerveja descia na garganta, os ânimos das torcidas se alteravam, dependendo do número de garrafas tomadas.
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