Cultura e Lazer

Patrimônio histórico e cultural: o passado se faz presente em Olinda

A cada poucos passos, o passado se faz bem presente em Olinda. Isso vale para o próprio calçamento no qual se pisa, em muitos trechos mantido preservado. O que é ainda mais evidente em ambientes como a Ladeira da Misericórdia, uma das centenas de ruas inclinadas entre a parte alta e a baixa, na descida para os Quatro Cantos, o cruzamento que, se já era famoso, foi ainda mais eternizado por Alceu Valença na letra de Me Segura que Senão Eu Caio: “Nos Quatro Cantos cheguei / E todo mundo chegou / Descendo ladeira / Fazendo poeira / Atiçando o calor”. É a esquina formada pelas ruas Amparo, Prudente de Morais, Bernardo Vieira de Melo e Ladeira de Misericórdia. Esse cruzamento constitui um dos pontos clássicos de encontro durante o carnaval e dos desfiles das bandas de frevo.

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Tão popular quanto os Quatro Cantos (e o frevo) é o próprio Alceu Valença, cantor de citação constante entre guias turísticos e por parte da população. De qualquer local de observação, a referência às suas casas está em roteiro para o visitante, no que se evidencia o carinho do povo para com o artista de 76 anos, nascido em São Bento do Una, no sertão pernambucano, mas que escolheu Olinda como sua terra. A partir do Alto da Sé, o turista encontrará nas imediações a feira de artesanato e, logo adiante, ainda na rua principal, o prédio da antiga Câmara do Senado, que Duarte Coelho (1485-1554), primeiro donatário da Capitania de Pernambuco, mandara construir. Desde 1997 abriga o Museu de Arte Sacra de Pernambuco (Maspe). Do lado situa-se ainda o Horto d’El Rey, o segundo jardim botânico do Brasil, criado em 1798.

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Da colina em Olinda a vista alcança Recife, 10 quilômetros adiante

Olhando o entorno, se entenderá por que a Unesco decretou a cidade, que faz aniversário em 12 de março (mesma data de sua coirmã Recife), como Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade. Desse acervo fazem parte as 22 igrejas coloniais erguidas pelo mesmo número de famílias nobres, cada qual exibindo (e concretizando) a sua riqueza e seu luxo (em ouro e adereços), templos que hoje se impõem em cada recanto urbano. Não por acaso, Olinda era a cidade mais rica nos tempos de Brasil Colônia, à base de pau-brasil e depois açúcar.

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Foi o mesmo açúcar que atraiu os holandeses. Estes incendiaram Olinda em 1631 e transferiram a sede para Recife, onde Maurício de Nassau inclusive construiu um castelo na Ilha Maurícia. Retomada pelos portugueses, virou a capital de Pernambuco, condição que só deixou de ter em 1837, quando a vizinha Recife se tornou a sede definitiva do governo provincial.

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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