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Patagônia: No extremo Sul da América do Sul

A beautiful view of the snowy Tronador stratovolcano against the blue sky in the southern Andes

O cenário da Patagônia é de encher os olhos. Na verdade, ela está localizada entre dois países: Argentina e Chile. Ocupando quase 800 mil quilômetros quadrados, fica na região sul do continente americano. No lado do Chile, começa ao sul de Puerto Monntt; no lado da Argentina, começa ao sul do Rio Colorado, o que inclui Bariloche e a Península Valdés. Os dois lados são separados pelos Andes, em cenário de geleiras e planícies formadas na última era glacial. A Patagônia termina na Terra do Fogo, extremo sul da América, onde fica o Cabo Horn.

A Patagônia Argentina abrange cinco províncias (Tierra del Fuego, Santa Cruz, Chubut, Río Negro e Neuquén) e está dividida em Andina e Atlântica. Montanhas, geleiras, florestas e lagos são o cenário da Patagônia Andina e fazem dela um lugar ideal para a prática de esportes de aventura. Seus pontos principais são Terra do Fogo, San Carlos de Bariloche e Parque Nacional Los Glaciares. Outros lugares interessantes são o Parque Nacional Lanín, as Termas de Copahue e San Martin de Los Andes.

A paisagem muda completamente a leste, onde extensas e áridas planícies litorâneas formam a Patagônia Atlântica. A região é um santuário ecológico: baleias francas, orcas, lobos e elefantes- marinhos, pinguins e outras aves marinhas se concentram principalmente na Península Valdés. Já Viedma, Río Gallegos, Trelew, Rawson, Puerto Deseado e Comodoro Rivadavia são as principais cidades da Patagônia Atlântica.

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O homem acostumou-se a viver ali, em cidades espalhadas pelo imenso território que ocupa parte do sul chileno e cinco províncias do sul argentino. Dos primeiros habitantes, os tehuelches na Argentina e os mapuches no Chile, restam poucos descendentes, além de heranças como o próprio nome da região. Quando o navegador português Fernando de Magalhães chegou ali com sua frota, em 1520, não poderia imaginar que alguém vivesse em terra tão inóspita. Mas logo os portugueses encontraram grandes pegadas na neve feitas pelas botas de pele de guanaco dos enormes indígenas. Essas pegadas foram chamadas de patagons. Aliás, o guanaco é um animal muito comum por lá.

A beleza e a diversidade da Patagônia se devem à diferença de relevo: a oeste há campos de gelo e a Cordilheira dos Andes, e a leste, extensas planícies. Boa parte da área está protegida em reservas e parques. Os Andes não apresentam altitudes muito elevadas, embora existam picos acima de 3 mil metros, como o Fitz Roy (3.405 m), na Argentina, e o San Valentin (4.058 metros), no Chile. A maioria dos rios é alimentada pelas geleiras das montanhas. O solo é formado por terrenos vulcânicos e sedimentares, que vêm sendo esculpidos pelas geleiras e rios.

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A Patagônia é acessível tanto para quem quer colocar a mochila nas costas e se aventurar, descobrindo novos caminhos, quanto para quem prefere o conforto de um hotel e de passeios programados, com infraestrutura turística. A terra que um dia os colonizadores julgaram inabitável hoje é um dos destinos mais cobiçados por quem gosta de estar em meio à espetacular natureza.

A melhor época para visitar a região é de novembro a março (primavera e verão), quando a temperatura é menos fria e o dia é mais longo. Em março e abril chove e venta mais; a partir de então começa a nevar. Mas atenção: os ventos são frios, fortes e comuns em qualquer época. Por isso, um anorak (casaco corta-vento) é indispensável, além de um saco de dormir a -5°C para quem vai acampar.

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