A morte de Heide Priebe chocou Santa Cruz do Sul na última sexta-feira, 8. O crime aconteceu na Travessa Tenente Barbosa, no Centro. Enquanto caminhava e tentava fugir da abordagem agressiva do ex-companheiro, a mulher foi baleada por ele. O autor atirou à queima-roupa contra Heide. Um disparo teria acertado a cabeça e outro o braço. Depois, o homem tentou se matar com um tiro no peito.
Levada ao Hospital Santa Cruz (HSC), ela passou por cirurgia, mas acabou falecendo por volta das 22 horas de sexta. Servo Tomé da Rosa, que chegou a ser preso pela Brigada Militar (BM), também foi conduzido à casa de saúde, onde recebeu atendimento. Desde sexta-feira, ele já estava sob custódia na casa de saúde, em prisão em flagrante.
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Elimar Fetzer, de 68 anos, que é pai de Aline, Jean e Franklin e foi casado com Heide por 26 anos, até 2006, ficou muito abalado com a perda. “Ele está acamado, com câncer terminal. Não pôde nem ir no velório, teve que olhar por videochamada o enterro”, disse Franklin. “Ela era um espelho pra mim, nosso porto seguro. Trabalho na saúde e ela também. Tínhamos uma ligação muito forte, e ela era um exemplo de mulher, resiliente, empoderada, energética, ajudava as pessoas. E minha filha, a única neta dela, está sofrendo muito. Não vai no colégio há uma semana”, comentou Aline.
A vontade de viver de Heide, segundo os filhos, era grande. “Ela tinha comprado tintas para pintar o cabelo no sábado. Dizia que estava arrumando um vestido para ir na Oktober, que ela adorava. Ela amava ir no Amsterdam tomar um chope com as amigas. Era o bar que ela amava. Infelizmente, não vai poder fazer nada disso”, complementou a filha. “Eu ainda quero olhar na cara desse assassino, no júri, e perguntar por que ele tirou a nossa mãe dessa forma. Ele tirou o amor da nossa vida. É um monstro. Nunca vou perdoá-lo”, desabafou Jean.
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No domingo, 17, uma passeata com início marcado para as 14 horas será realizada por familiares e amigos de Heide. O objetivo é conscientizar sobre violência doméstica e não deixar casos como esse caírem no esquecimento. A saída será da Praça Getúlio Vargas e passará pela Praça da Bandeira, Amsterdam e 13ª CRS até o local onde ela foi alvejada.
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