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Passarinho que encantou família voltará à natureza

Em tempos em que a falta de gentileza, muitas vezes, fala mais alto, o bem ainda prevalece. Na sexta-feira, dia 15, seu Leonildo Grüner, 77 anos, surpreendeu-se ao avistar, caído no pátio de casa, um passarinho muito machucado. Angustiado, pois seu gato estava dormindo ao lado, tratou de recolher o bichinho por medo que o felino fosse atacar a ave. De imediato a nora, Nara Grüner, 53, que divide terreno com o sogro, tratou de assumir a responsabilidade de cuidar da ave tesourinha.

Não tardou para que o bichinho passasse a responder às carinhosas iniciativas da empresária. “Fui na pet shop e comprei papinha específica para ele. Dei no biquinho por uma seringa e cuidei dia e noite para que pudesse se recuperar.” Ainda com a perninha quebrada, o passarinho já reage e tenta alçar pequenos voos pelo pátio.

Apegada, Nara batizou o pequeno de Feliz. “Um dia depois, ele começou a cantar e não parou mais. Não encontrei outro nome a não ser Feliz”, lembra. Enquanto o novo amigo não demonstrar maior agilidade, Nara pretende continuar cuidando dele. Mas ela sabe que lugar de pássaro é na natureza. “Quando ele estiver mais forte, vou soltá-lo”, assegura.

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Biólogo recomenda atenção

Considerada um episódio frequente pelo doutor em Biologia e coordenador do curso de Veterinária da Unisc, Andreas Köhler (foto), a queda de pássaros em pátios requer prudência. Segundo ele, na maioria das espécies de aves, as jovens, ao treinar o voo, saem do ninho e acabam caindo. “Nesses casos, os pais alimentam os filhotes no chão mesmo.” O biólogo recomenda que, em casos de queda, o proprietário da residência observe se os pais do filhote estão por perto. “Se permanecer horas no mesmo local, muito machucado, sem tentar voar e sem os pais nas proximidades, daí, sim, pode-se resgatar.”

Como, no caso de Feliz, um gato estava por perto, Leonildo Grüner preferiu evitar que o felino se aproximasse e acabasse matando o pássaro. Koehler orienta que em casos de resgate, o ideal é contatar a Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Ele lembra que a Unisc não recebe animais, mas pode orientar no resgate de algum animal. O telefone do Departamento de Biologia é (51) 3717 7360. Já a secretaria atende pelo telefone (51) 3902 3611.

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