A prefeita de Santa Cruz, Helena Hermany (PP), defendeu nessa terça-feira, 28, a implantação do chamado “passaporte de vacina”. Às vésperas do início da 36ª Oktoberfest, cujo acesso será exclusivo para imunizados, Helena alegou que ninguém deve ter o direito de colocar outras pessoas em risco.
A discussão sobre a adoção de restrições de circulação a pessoas não vacinadas como forma de garantir segurança à retomada plena da economia e evitar novos surtos de Covid-19 vem causando controvérsia em diversas partes do mundo. No Brasil, o Estado de Pernambuco e cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Manaus já anunciaram a obrigatoriedade de comprovação vacinal para ingresso em eventos de grande porte e, em alguns casos, até para entrar em academias de ginástica ou cinema. A mesma exigência vem sendo feita pela maioria dos países que reabriram as fronteiras para brasileiros nos últimos meses. A medida também é vista como uma forma de incentivar a adesão à vacinação, apontada por especialistas como a única forma de frear o avanço da pandemia.
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Em Santa Cruz, a decisão relacionada à Oktoberfest foi alvo de questionamentos de setores da comunidade. No início do mês, o líder de governo na Câmara, Henrique Hermany (PP), protocolou uma indicação ao Executivo para que o passaporte seja implantado por lei para todos os eventos. Alguns vereadores já anunciaram voto contrário, caso o Palacinho envie um projeto com esse objetivo.
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Em entrevista nessa terça à Rádio Gazeta, porém, Helena defendeu a restrição e afirmou que a indicação “chegou em muito boa hora”. “Para atividades essenciais, não se pode exigir. Mas para eventos e festas, eu acredito que é o caminho mais lógico”, falou.
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Os críticos do passaporte alegam que a restrição fere o direito básico de cada cidadão de ir e vir. Helena, porém, disse que quem abre mão da imunização não pode, por sua opção, deixar um grande número de pessoas sujeitas a contaminação. “Se a pessoa quer ir a um evento onde tem milhares de pessoas ou a uma festa onde tem centenas de pessoas, tenho a convicção de que o certo é exigir o comprovante. Ela tem o direito de não se vacinar, mas não tem o direito de entrar em um grupo com muitas pessoas e contaminá-las”, alegou. A prefeita disse ainda que defendeu a exigência de comprovação vacinal para a Oktoberfest, mas não chegou a confirmar se irá encaminhar à Câmara um projeto estendendo a regra para todos os eventos realizados no município.
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