Por onde se olha no Rio Grande do Sul, encontram-se problemas e danos causados pela catástrofe natural registrada em maio. Um deles interrompeu a ligação com o Centro do Estado, via RSC-287. A ponte sobre o Rio Pardo, em Candelária, teve sua cabeceira e parte da estrutura levadas e o conserto é aguardado com ansiedade, sobretudo pelos moradores do município, que tiveram ampliadas as dificuldades.
Secretário de Indústria e Comércio e um dos líderes do Comitê de Crise, Flávio Karnopp diz que recebeu a informação de que a passagem deve ser liberada até 7 de junho pela Rota de Santa Maria, concessionária que administra a estrada. Isso reforça o que o governador Eduardo Leite já havia antecipado, de que a situação estaria resolvida na primeira semana de junho.
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Karnopp, que tem acompanhado o andamento da obra, diz que uma preocupação era a forma como seria feito o aterro na cabeceira, que poderia baixar a vazão, resultando em novos problemas em cheias futuras. “Mas eles estão instalando galerias, que vão permitir a passagem da água”, ressalta.
A empresa tem focado a recuperação de pontos como esse, tendo liberado o trânsito em nove e com reparos em quatro. A relevância da agilidade nos serviços é reforçada por Karnopp, que diz ser uma das mais importantes para Candelária, porque é acesso a Santa Cruz do Sul, a referência em saúde, além do trânsito de mercadorias locais e de toda a região. “Os estudantes da Unisc e da Dom Alberto, em Santa Cruz, também foram prejudicados”, acrescenta.
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Para amenizar, o Exército havia instalado uma passadeira, que foi danificada pela nova cheia do rio. A que tem sido utilizada é uma estrutura no modelo pênsil, mas que tem certa restrição, pois representa perigo e dificuldade de passagem de materiais. “Na passadeira do Exército atravessavam 1,5 mil pessoas por dia”, conta o secretário, para destacar a relevância da estrutura.
O secretário de Indústria e Comércio confirmou que nessa quinta-feira, 30, chegaram novos equipamentos do Exército para a instalação de outra passadeira. Ela deve ser concluída ainda nesta sexta, 31, minimizando os problemas dos candelarienses.
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Outra situação preocupante, segundo Flávio Karnopp, é a quantidade de resíduos acumulados. Mensalmente, o município gera em torno de 300 toneladas de lixo, que é enviado para outro local, precisando da passagem liberada na ponte.
Como o trânsito está interrompido há cerca de um mês, a Prefeitura calcula que tenha 300 toneladas acumuladas, fazendo com que o depósito esteja lotado. Além disso, há o material residual da enchente, que é chamado de “volumosos” (móveis e eletrodomésticos). Já foram recolhidas cerca de 50 caçambas de material.
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