A chuva que retornou no fim de semana e ao longo do dia dessa segunda-feira, 17, trouxe preocupação para municípios da região, principalmente os que são banhados pelos rios Pardo e Pardinho, como Santa Cruz do Sul, Sinimbu, Vera Cruz, Candelária e Rio Pardo. Além destes, Venâncio Aires ficou em alerta devido à elevação do Rio Taquari.
Em Santa Cruz, algumas estradas de áreas rurais sofreram danos. O mais significativo foi na região da Reserva dos Kroth, onde a cabeceira da ponte que faz ligação com Rio Pardo cedeu no domingo. Nessa segunda, uma equipe da Secretaria de Obras e Infraestrutura trabalhou no local e liberou a passagem para veículos leves.
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Segundo a Defesa Civil, o nível do Rio Pardinho atingiu a marca de 7,45 metros na régua junto à curva do manancial, na Rua Irmão Emílio, no Bairro Várzea, por volta da 1h45 da madrugada dessa segunda. No entanto, às 3h10, o volume de água começou a recuar. Uma moradora idosa solicitou auxílio para deixar sua residência, como forma de precaução. A última medição informada apontava 5,85 metros.
O secretário de Segurança e Mobilidade Urbana, José Joaquim Dias Barbosa, informou que o Rio Pardinho não apresenta mais preocupação para uma enchente, já que o nível baixou consideravelmente e não há previsão de fortes chuvas. As equipes irão monitorar a situação até o nível do rio chegar à marca segura, de 1,30 metro. Salas para alojamento foram preparadas no Ginásio Poliesportivo Arnão, caso necessário. Quem precisar de apoio pode contatar a Defesa Civil (telefone 199) ou a Guarda Municipal (153).
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A chuva também mobilizou a equipe da Defesa Civil de Rio Pardo, que vistoriou os pontos ribeirinhos na tarde dessa segunda. Segundo a Prefeitura, o volume de chuva não fez com que houvesse elevação significativa do nível dos rios. No entanto, tanto na área urbana quanto na área rural, uma equipe realizou o acompanhamento da situação durante a noite de ontem e nesta madrugada. O município ainda tem 30 pessoas fora de casa e alocadas nos abrigos desde a enchente passada.
Em Vera Cruz, conforme o prefeito Gilson Becker, a situação está tranquila. O único ponto de atenção é na localidade de Coxilha Mandelli, próximo ao Rio Pardo, com registro de problemas nas estradas, em razão do solo encharcado.
Drasticamente atingida na última cheia, Sinimbu não registrou danos severos desta vez, apenas estragos pontuais em estradas que já haviam recebido manutenção. Deslizamentos de terra que ocorreram foram removidos ao longo do dia. A Secretaria de Obras também atuou na recuperação de cabeceiras de pontes afetadas pela água.
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Já em Venâncio Aires, o nível do Rio Taquari atingiu quase 14 metros nessa segunda à tarde. Com a elevação das águas, a ERS-130, em Vila Mariante, foi bloqueada para veículos leves. A Defesa Civil informou que, na noite de domingo, cinco famílias foram removidas nas localidades de Linha Chafariz e Itaipava das Flores. Elas receberam abrigo no ginásio de Linha Mangueirão.
A preocupação continua na Capital do Chimarrão, pela elevação do nível do rio em outras regiões, como Lajeado. Nessa segunda à tarde, por lá o manancial entrou em cota de inundação, atingindo 23,64 metros.
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A comunidade de Linha do Rio, no interior do município de Candelária, ainda sente os efeitos da enchente de maio. Por lá, lavouras, casas e a rodovia VRS-858 estão em condições precárias. Com a chuva registrada nesse fim de semana, o nível do Rio Pardo se elevou, e a força da correnteza provocou alguns desmoronamentos às margens da principal estrada.
A Gazeta do Sul conferiu a situação na tarde dessa segunda-feira, 17, e constatou que houve novos danos no leito do rio. O fato não chegou a afetar o desvio da VRS-858, onde o traçado original da via, distante aproximadamente 7 quilômetros da RSC-287, não existe mais.
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No dia 8 deste mês, o governador Eduardo Leite esteve no local para conferir os estragos e ordenou uma recuperação rápida do trecho, com um desvio. O serviço é executado pela empresa Conpasul, por meio do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer). Em virtude dos deslizamentos na manhã dessa segunda, o tráfego no trecho chegou a ser limitado apenas para carros. Durante a tarde, o fluxo total de veículos estava liberado.
O aposentado Valdir Hilton Muller, 66 anos, passa diariamente pelo local e lamenta ver a atual situação. “Hoje, onde passa o rio, era a estrada. A água destruiu essa região e demorou até que tivéssemos passagem novamente. Esse desvio está ajudando muito, pois antes eu tinha que passar por Linha Alta, e aumentava o trajeto em seis quilômetros.”
Muller possui uma propriedade rural em Linha do Rio, mas atualmente reside na cidade. “Quase que diariamente eu passo por aqui. Essa estrada precisa ser refeita, pois tem muito movimento”, afirmou. Tendo em vista o assoreamento do leito, ele também sugere que na margem sejam colocadas pedras grandes, para evitar novas erosões no trecho. “Em um ponto mais abaixo, isso foi feito e não teve danos”, apontou.
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