A Páscoa é a data mais importante para o cristianismo, pois representa a ressurreição de Jesus Cristo, o filho de Deus. A voluntária da Catedral São João Batista, de Santa Cruz do Sul, Vera Lúcia Limberger vive a ocasião intensamente há pelo menos cinco anos. Antes, ela era aeronauta e nem sempre podia estar tão presente nas atividades litúrgicas. “Sempre que possível participava das celebrações, mesmo que, dependendo do país em que me encontrava, não tivesse o domínio do idioma. Sinto-me feliz em retornar à terra natal e poder fazer esta caminhada de fé”, declara.
Vera relembra que, na infância, ainda com pouca consciência do que a celebração representa, via a Páscoa como uma festa que a entusiasmava e a enchia de alegria e de esperança. Hoje, com mais conhecimento, ela entende que é o ponto alto de sua fé. “Aprendemos que a Páscoa é a passagem da morte para a vida. Como cristã, acredito e procuro viver minha fé em Jesus Cristo, que me ama e ama a todos nós. Por isso morreu e ressuscitou, para nos tirar das trevas do pecado, para uma vida nova. E, no fim dos tempos, podermos também ressuscitar dos mortos.”
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No domingo de Páscoa, Vera conta que é praticamente a primeira a chegar na igreja para cuidar dos últimos preparativos e, com a comunidade, celebrar a solenidade do dia. A família dela também participa da celebração, que tem continuidade em casa. Porém, bem antes do domingo festivo, começam os trabalhos relacionados à data.
“O tempo que antecede é a Quaresma, em que nos motivamos a uma vida de oração, penitência e caridade. Com a Campanha da Fraternidade, somos estimulados à caridade, com atos concretos de amor ao próximo. Jesus, em sua vida pública, nos ensinou também o amor aos irmãos. Dos muitos exemplos que nos deixou, um deles foi o ‘lava-pés’, que recordamos na Quinta-feira Santa”, explica.
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Aproximadamente 15 dias antes da Semana Santa, iniciam-se os preparativos mais intensos para o período. “Todo o trabalho é em equipe e muitos atuam em diversos setores, desde a limpeza, ornamentação, canto e liturgia. A Semana Santa é a semana mais importante do ano para nós, cristãos, pois vivenciamos a Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor. Toda organização e dedicação têm como objetivo principal que todos os fiéis possam ter momentos de oração e união com nosso Salvador”, destaca.
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Preparativos para a data vêm desde janeiro
Muita gente tem o Natal como uma data especial para decorar a casa. Mas outros tantos também enfeitam suas residências no período que antecede a Páscoa, para que o ambiente fique bonito e à altura do momento, tão especial para celebrar em família. E assim, as casas ganham aquele toque de beleza com coelhos espalhados pelos ambientes.
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Maria Schmidt, de 57 anos, conhecida como Mariazinha, é artesã em Santa Cruz e tem a Páscoa como uma data mais do que especial. Além de ser uma fonte de renda e de ela se envolver com o artesanato para o período desde janeiro de cada ano, segundo Mariazinha, essa é a celebração pela qual ela mais tem carinho. “Eu gosto mais da Páscoa do que do Natal. No Natal eu faço quase só o que encomendam, e pela Páscoa eu sou apaixonada, começo a fazer logo em janeiro. Depois que termina o Natal, eu tiro uns 15 dias para descanso e já começo a trabalhar voltada à Páscoa”, conta.
Sem saber ao certo o porquê, a artesã salienta que a data tem também um significado especial para ela, que é católica e já foi catequista. “É uma época para você pensar, ao meu ver, no que você pode melhorar na vida. A Páscoa é o período perfeito para você fazer essa reflexão”, destaca.
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Para Maria, a Páscoa é um momento de estar junto da família. Conforme a artesã, os dois filhos e os três netos se reúnem na casa dela, no Bairro Ana Nery, em Santa Cruz, para celebrar. Foi de uma influência familiar, inclusive, que ela passou a se dedicar ao artesanato. Possui a carteirinha de artesã há aproximadamente dez anos.
“Eu comecei quando minha irmã faleceu, em 2005, minha filha decidiu pagar o curso para que eu me ocupasse. Comecei a vender, a fazer cursos e fui me aprimorando. Em 2011 eu fiz minha primeira Oktoberfest, no ano em que minha neta nasceu”, recorda. Depois disso, também passou a participar do Brique da Praça, na Getúlio Vargas, e é uma das artesãs que colaboram na Casa do Artesão.
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