Em reunião no domingo, 3, com o presidente Michel Temer, presidentes de partidos propuseram um “pacto” para aprovar a reforma da Previdência envolvendo a distribuição do fundo eleitoral e a janela para mudança de partido sem risco de perda de mandato. A ideia é que dirigentes repassem mais recursos do fundo para parlamentares mais fiéis ao governo e que não aceitem em suas legendas deputados que votaram contra a reforma.
A sugestão foi apresentada pelo presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson. Na reunião, que aconteceu no Palácio do Jaburu, ele disse que vai dividir o fundo eleitoral de forma proporcional conforme o posicionamento dos parlamentares em três votações importantes: a da reforma trabalhista, a das duas denúncias contra Temer na Câmara e a reforma da Previdência. Aqueles que votarem de forma mais governista receberiam mais recursos do fundo eleitoral.
Presidente licenciado do PSD, o ministro Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações) ponderou, no entanto, que essa divisão poderia levar deputados a migrarem para outras legendas durante a janela para livre troca de siglas, prevista para março de 2018.
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Jefferson, então, fez a segunda sugestão: de que os dirigentes se comprometessem a só aceitar nesse troca-troca partidário parlamentares que tenham votado a favor da reforma. A ideia, no entanto, enfrenta resistência de alguns partidos.
Um dos resistentes é o DEM, que planeja aumentar sua bancada na Câmara em pelo menos nove deputados, a maioria vinda do PSB. “Essa foi uma ideia do Roberto. O DEM não garantiu nada”, comentou o líder do partido, deputado Efraim Filho (PB). “Disse que toparia só se todos se comprometessem e que com aqueles que já fechei a ida ao partido isso não valeria”, afirmou o ministro Marcos Pereira (Indústria, Comércio Exterior e Serviços), presidente licenciado do PRB.
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