O ano que se inicia nesta segunda-feira, 1º, tem uma peculiaridade: serão escolhidos integrantes para as Câmaras e as prefeituras de todos os 5,7 mil municípios brasileiros. A eleição será no dia 6 de outubro, mas os partidos políticos já se organizam para definir os rumos que serão tomados. Em Santa Cruz do Sul, os presidentes das siglas deixam claro que, ainda que exista a possibilidade de buscar a vaga do Palacinho, o foco será ampliar o número de cadeiras ocupadas no Legislativo.
A Gazeta do Sul contatou União Brasil, PDT, Novo, PSB, PSDB, PP, PL, PSD, Republicanos, Podemos e PT, em Santa Cruz do Sul. Nem todos responderam às mensagens encaminhadas pelo aplicativo de conversação WhatsApp. Integrando o governo municipal, com a titularidade da Secretaria da Agricultura, o União Brasil apresenta-se como um partido novo, que buscará reforçar a Câmara não deixando de ser “apoio fundamental” na majoritária. “Temos bons quadros para isso”, diz o presidente Décio Hochscheidt.
Na Secretaria de Serviços Públicos, por meio de sua assessoria, o PSD destaca foco na busca pelo aumento do número de cadeiras no Legislativo. Posição semelhante à do PDT, que ocupa a Secretaria da Educação. O presidente Wagner Machado confirma questionamentos sobre a composição de uma chapa para a majoritária. “Seguimos forte na base governista”, garante.
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Liderando o Republicanos, o vereador Raul Fritsch afirma ter certeza do crescimento da sigla. “Estamos recebendo muitas pessoas para compor e fazer uma das maiores e mais fortes legendas do município”, justifica. Reforça ser um partido conservador, que defende os princípios da família, a vida, os direitos privados e a religião. Antecipa que serão 18 candidatos na proporcional, mantendo o grupo da base governista unido.
Presidente do PP, Henrique Hermany reforça que a sigla segue organizada em seus movimentos Juventude, Mulher e Afro. “No entanto, só falará em eleição no momento próprio para isso, que é o período de convenções”, frisa.
Apresentando-se como independente, o Novo acredita na preparação de bons candidatos para o Legislativo, por meio de palestras e mentorias aos já aprovados no processo seletivo para concorrer em 2024. O presidente Rafael Augusto Nascimento não descarta coligação ou apoio, desde que os princípios da sigla sejam respeitados.
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Na oposição, PL, MDB e PT citam as consequências da Operação Controle como fator preponderante para as eleições de 2024. A presidente Célia Zingler, do PT, frisa que o partido acredita na apuração, na divulgação e na responsabilização. Antecipa bandeiras como a valorização da educação e do quadro do magistério estadual, além do encerramento do ciclo de privatizações. Marco Antônio Borba (PL) vê com bons olhos o próximo ano, dizendo ter fortes candidatos e estar alinhado com os demais opositores à atual administração.
O MDB reafirma posição contrária ao governo Helena Hermany. Cita questões como os empréstimos contraídos e a lentidão nas obras, além da Operação Controle. A sigla reforça a formação de um quadro com técnicos e políticos para apresentar à população, com o objetivo de estar na majoritária e apresentar nominata para a Câmara.
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Luís Spinelli, que preside o PSDB santa-cruzense, e Fabiano Dupont, que dirige o PSB, têm organizado encontros com atração de nomes com apelo e participação na comunidade. Isso pode representar reforço nas candidaturas ao Legislativo.
Presidindo o Podemos, a vereadora Nicole Weber destaca que o partido já “nasce” grande em Santa Cruz, “capitaneado por mim e outros entes políticos, com o foco em uma renovação da política”. Ressalta a valorização dos membros nas decisões, o que considera algo inédito no município. Deve focar a atração de líderes e gestores. “Não descartamos a possibilidade de candidatura à majoritária, mas também estamos construindo uma nominata muito forte”, adianta.
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Calendário
- 6 de março: início da janela para troca de partido sem perder o mandato.
- 6 de abril: fim da janela, prazo para estar filiado para se candidatar e desincompatibilização.
- 15 de maio: pré-candidatos passam a poder fazer ações de arrecadação.
- 6 de junho: dirigentes sindicais e ocupantes de outros cargos devem deixar o posto.
- 30 de junho: comentaristas e apresentadores de TV não podem mais entrar no ar caso se candidatem.
- 6 de julho: candidatos não podem mais participar de inaugurações de obras públicas e propaganda institucional é restringida.
- 20 de julho: abertura do prazo para convenções partidárias.
- 5 de agosto: término do prazo para convenções partidárias.
- 15 de agosto: limite para registro de candidatura, até as 19 horas.
- 16 de agosto: início da propaganda eleitoral.
- 30 de agosto: início da propaganda eleitoral em rádio e TV.
- 4 de outubro: último dia para comícios, debates e fim da propaganda eleitoral.
- 5 de outubro: último dia para propaganda de rua e na internet.
- 6 de outubro: 1º turno das eleições.
- 19 de dezembro: fim do prazo para a diplomação dos eleitos.
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