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Partidos aquecem para a eleição de 2018 em Santa Cruz

Passados cinco meses da eleição municipal e com as bases de oposição e situação reorganizadas, os partidos em Santa Cruz já começam a pensar em 2018, quando a população voltará às urnas para eleger deputados estaduais e federais, senadores, governadores e presidente da República. O aquecimento para o pleito começará oficialmente com as renovações dos diretórios, que vão ocorrer a partir de abril.

Até o fim do ano, todas as principais siglas do município vão passar por eleições internas. A primeira será a do PT, marcada para o próximo dia 9. Ainda no primeiro semestre, devem convocar convenções também o PSDB, PP, PDT, PSB e SD. Em outubro, será a vez do PMDB. O único que ainda não tem data prevista para a convenção é o PTB, dono da maior bancada da Câmara de Vereadores. 

Embora na maioria dos casos a escolha do novo comando deve se dar por consenso, algumas siglas devem enfrentar disputas. No PT, por exemplo, que sofreu um racha após os atuais vereadores se juntarem à base aliada do prefeito Telmo Kirst (PP), são duas chapas inscritas e a eleição tende a ser acirrada. Também há grandes chances de disputa no PDT. Já em siglas como PSB, PSDB e PP, a tendência é que os atuais dirigentes permaneçam.

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Com as linhas de frente renovadas, as legendas passarão a se movimentar com mais vigor rumo ao ano que vem. Alguns nomes, inclusive, já são cotados. Para deputado estadual, por exemplo, podem concorrer Fabiano Dupont (PSB), Edson Brum (PMDB), André Scheibler (SD) e Henrique Hermany (PP). Na região, o ex-prefeito de Venâncio Aires, Airton Artus (PDT), articula uma candidatura, e o sobradinhense Adolfo Brito (PP) deve tentar a reeleição. Já Marcelo Moraes (PTB), atualmente na Assembleia, deve dessa vez disputar uma vaga na Câmara Federal, enquanto Heitor Schuch (PSB) buscará o segundo mandato em Brasília. 

O deputado federal Sérgio Moraes (PTB) tem repetido que não disputará mais eleições, mas sofre pressão interna para concorrer a deputado estadual.

O PANORAMA DAS LEGENDAS

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PP- Eleição deve acontecer entre os dias 20 e 21 de maio e tendência é de que o atual presidente, Henrique Hermany, seja reconduzido ao cargo. Embora não se confirme nomes, Henrique também é um dos cotados para concorrer a deputado estadual, assim como a vice-prefeita Helena Hermany e os atuais vereadores. Nos bastidores, articula-se uma dobradinha inédita de um nome local com o secretário estadual de Transportes Pedro Westphalen, que é próximo ao prefeito Telmo Kirst e deve concorrer a deputado federal. O partido quer aproveitar o bom momento vivido após a reeleição de Telmo e evita apoiar um nome ligado às denúncias da Operação Lava Jato.

PTB – Ainda não há previsão de quando será a eleição. Na presidência há mais de uma década, o advogado Marco Borba diz que segue à disposição do partido. Atualmente no segundo mandato como deputado estadual, Marcelo Moraes irá, no ano que vem, disputar uma vaga na Câmara Federal. Seu pai, Sérgio Moraes, que cumpre o terceiro mandato na Câmara, sofre pressão interna para concorrer a deputado estadual, mas tem repetido que não pretende mais disputar eleições. Caso isso se confirme, a vaga para a Assembleia estaria aberta e nomes como o da vereadora e ex-prefeita Kelly Moraes, além de outros dos atuais vereadores, ganhariam força.

PT – Eleição será realizada no dia 9 de abril e conta com duas chapas inscritas. Uma delas é encabeçada pelo ex-vereador Alberto Heck, que tem entre seus apoiadores os também ex-vereadores João Pedro Schmidt e Rejane Henn e o atual presidente, Renato Araújo. A outra é encabeçada pelo ex-vereador André Beck e conta com apoio dos dois atuais representantes da sigla na Câmara, Ari Thessing e Paulo Lersch, e do ex-candidato a prefeito Gerri Machado. Thessing, que nos últimos dois pleitos concorreu a deputado, desta vez não tem interesse em participar. Embora não esteja descartada uma candidatura local, a tendência é que os líderes se dividam em apoios a candidatos de fora.

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PMDB – Eleição está prevista para outubro e, por enquanto, articulações são tímidas. Atualmente no segundo mandato como presidente, Roberto Moura diz que, “a princípio”, não deve permanecer no cargo, pois defende a renovação. Com intenção de resgatar em 2020 o projeto, abortado em 2016, de lançar um candidato a prefeito (o vereador Alex Knak é o grande nome), o partido tende a apoiar, no ano que vem, Edson Brum a deputado estadual. Dentre os cotados para a Câmara Federal, estão Knak, o ex-prefeito de Rio Pardo Edivilson Brum e a vereadora de Venâncio Aires Helena da Rosa. Outra alternativa é apoiar a candidatura de Márcio Biolchi.

PDT – Após dois anos de impasses causados por rachas internos, a eleição deve ocorrer entre maio e junho. A atual presidente, Jaqueline Marques, que concorreu a deputada federal em 2014, diz que ainda não definiu se irá se colocar à disposição para permanecer na presidência ou para concorrer novamente no ano que vem, mas defende candidaturas locais. Já o vereador Bruno Faller, que integra uma ala de oposição, acredita que a tendência é por uma disputa pelo comando da legenda e diz estar “avaliando” a possibilidade de apresentar seu nome. Uma das possibilidades é o partido apoiar a candidatura do ex-prefeito de Venâncio Aires Airton Artus a deputado estadual.

SOLIDARIEDADE – Eleição deve ser convocada ainda para o primeiro semestre. Criado em 2013, partido ainda está sendo dirigido por uma comissão provisória. Atualmente, está à frente da legenda o ex-vereador Ilário Keller, que tem dito internamente que não tem interesse em permanecer. André Scheibler, um dos atuais vereadores do partido, articula uma candidatura a deputado estadual.

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PSDB – Convenção ocorre dia 18 de abril e deve regularizar a situação do partido, que há mais de um ano está sendo dirigido por uma comissão provisória. Internamente, há pressão para que o atual presidente, o médico e ex-vereador Paulo Jucá, continue no cargo. Apesar de especulações em torno do nome do vereador Gerson Trevisan e do próprio Jucá, não há uma candidatura local alinhavada para o ano que vem.

PSB – Eleição deve ocorrer entre maio e junho. O atual presidente, Fabiano Dupont, deve colocar o nome para permanecer por mais um mandato. O partido já tem fechado o nome do deputado federal Heitor Schuch para concorrer à reeleição. Para deputado estadual, o mais cotado é o próprio Fabiano, que concorreu a prefeito no ano passado e deve disputar novamente o Palacinho em 2020.

O TAMANHO DE CADA UM

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Partido    Filiados

PDT    2.249
PP    1.380
PT    1.103
PTB    1.071
PSDB    926
PMDB    844
PSB    533
SD    151

*Fonte: Site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

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