Santa Cruz do Sul

Parou? Prefeitura explica o andamento da obra na BR-471

A obra de duplicação do trecho municipalizado da BR-471 pautou reunião especial na Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul. O pedido foi do legislador Francisco Carlos Smidt (PSDB), que recebeu contato dos moradores e empresários lindeiros à via. Eles estavam preocupados com a suspensão dos trabalhos e retirada das máquinas do lote 2.

Atendendo ao convite do Legislativo, o secretário de Planejamento e Governança, Everton Oltramari, acompanhado do diretor de Planejamento, Daniel Feuerharmel, e do representante da empresa responsável pela obra (Avantte Engenharia e Participações Ltda.), Vitor Schramm Trevisan, explicou que não ocorreu interrupção total dos trabalhos. Houve uma suspensão temporária devido a situações encontradas pelo excesso de chuva e pelo fato de tratar-se de uma zona de várzea.

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Além de informar o motivo da parada, que seria resultado de apontamento da empresa no início de agosto, Oltramari fez um resgate da obra, destacando a iniciativa de empreendedores por meio da Associação de Entidades Empresariais de Santa Cruz (Assemp). A entidade, recorda, contratou empresa que fez o projeto da 471, dividindo em lotes, em razão do alto custo para a duplicação. “Passaram pela área técnica do Município, depois pelo Dnit e técnicos da Caixa Econômica Federal, que é a fonte de recursos. A partir disso, houve a licitação dos lotes 1 e 2”, descreve.

O termo de início, conta o secretário, foi assinado pela prefeita Helena Hermany no dia 17 de março, com previsão da conclusão em abril de 2024. “O trecho da Avantte já chegou a 39,11% de execução, quando a previsão era 29,30%. O trecho em discussão está com cronograma adiantado em 10%”, afirma. A situação de parada teria sido motivada pela vulnerabilidade do solo, por ser área de inundação. “Por mais que tenham sido feitos estudos, é natural que surjam problemas pontuais em determinados trechos. Na escavação, podem ser encontrados bolsões de água que impedem ou dificultam o serviço”, ressaltou Oltramari.

Feuerharmel mostrou registros fotográficos que servem como exemplo do que o secretário falou, com acúmulo de água em área escavada, que poderia implicar em danos na estrutura se a interrupção temporária não fosse feita. Em relação à retirada das máquinas da Avantte, o representante da empresa diz que a proximidade da sede da organização e da obra possibilita que os equipamentos sejam recolhidos para fazer trabalhos, que podem agilizar os serviços em outros momentos. Ele acrescenta que a intenção é fazer a entrega antecipada. “Isso é benéfico para a empresa”, justificou.

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Estrutura

O secretário Oltramari diz que a Prefeitura defende a sequência da obra e tem ouvido o posicionamento dos lindeiros. “Não há empresas sem acesso; hoje estamos falando de um prejuízo provisório para, no futuro, ter um benefício permanente. Teremos mais segurança para os pedestres, maior fluidez no trânsito e mais segurança”, garante.

Trevisan alerta que pedidos específicos devem ser feitos à Prefeitura, como os acessos às empresas. “Uma das exigências nas vias federais é restringir o acesso direto à via, fazendo com que sejam usadas rotatórias. Ali [na Rua Arthur Jesus Ferreira] será feita uma interrupção grande para permitir o acesso com rotatória alongada”, destaca Feuerharmel para explicar o bloqueio de acesso na via.

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Influência do El Niño na obra da BR-471

O diretor de Planejamento, Daniel Feuerharmel, explica que a precipitação em agosto e setembro, como resultado do fenômeno El Niño, também foi um complicador. “Não há como fazer obras hoje, por exemplo, na área da PAP [empresa responsável por um dos lotes da obra], pela possibilidade de se perder o que foi feito por causa dos bolsões de água.” Acrescenta que foram tentadas soluções paliativas, que não funcionaram, o que justificou a elaboração de aditivos contratuais. A cada alteração no projeto inicial é preciso elaborar outro documento e buscar licenciamento e o aceite do Dnit, responsável pela via.

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De acordo com o site da Prefeitura de Santa Cruz, quatro aditivos foram feitos para dar sequência à obra. Feuerharmel explica que, dessa forma, o contrato gira em torno de R$ 14 milhões. “Houve um outro aditivo referente ao bota-fora da obra. Era para ser em um ponto tradicional, mas houve a perda de licença durante o processo. Passamos a depositar nas proximidades do autódromo”, afirma.

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Da Avantte, Trevisan reforça que houve uma movimentação expressiva nos primeiros meses da obra para conseguir agilizar, porque se tinha a informação da quantidade de chuva. “Agora, com o enfraquecimento do ritmo, pode assustar, mas tudo está dentro do previsto. Nunca vi a conclusão de uma obra sem aditivos ou supressões.”

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Guilherme Bica

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Guilherme Bica

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