Parceiros da natureza: escoteiros promovem ações pelo meio ambiente

O Movimento Escoteiro tem como proposta Educar para a Vida por meio do desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes. Seu propósito é transformar os jovens em cidadãos ativos, que sejam úteis em suas comunidades e ajudem a construir um mundo melhor. Dentro de um extenso programa de atividades, os escoteiros são incentivados, entre outros aspectos, a conservar o meio ambiente e a passar isso adiante. Desde sua chegada aos grupos, com menos de 7 anos, quando ainda são chamados de Lobinhos, os participantes já aprendem acerca da importância da redução do consumo de plásticos descartáveis, da reciclagem de lixo, plantio de árvores e outros aspectos.

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Em Santa Cruz do Sul, o grupo Escoteiros Santa Cruz promove desde sua fundação, em 1986, ações voltadas às causas ecológicas e ao futuro do planeta. São 70 integrantes, entre crianças de 6 anos e meio até jovens de 21 anos, além de adultos voluntários que desenvolvem e colocam projetos em prática. “Dentro do escotismo temos a Insígnia Mundial de Meio Ambiente, que reconhece os esforços daqueles que realizam essas atividades de cunho prático para auxiliar na sua conservação”, explica Fábio Azevedo, presidente do grupo.

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Entre os projetos que são realizados estão a coleta de cartelas de remédios vazias (blisters), escovas de dentes, lacres de latinhas, esponjas de cozinha, embalagens de salgadinhos, sombrinhas e tampinhas de garrafa pet. “Tudo é reciclável, mas nem tudo tem reciclabilidade aqui em Santa Cruz. Mas nós fazemos a coleta e damos o destino certo, inclusive mandando para onde existe a reciclagem”, justifica Azevedo. Segundo Carmem Koehler, integrante da diretoria do Escoteiros Santa Cruz, algumas vezes o grupo se associa a alguma entidade, como no caso da coleta de tampinhas para os hospitais Santa Cruz e Ana Nery e para a ONG Cavalo de Lata. “Quando temos a possibilidade de ajudar outra corporação, intesificamos ainda mais nossas campanhas”, diz.

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Proteção para os animais

Um dos mais recentes projetos, também em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente, é a confecção dos passadores de fauna, mecanismos alternativos para a travessia de animais. Funcionam como uma “passarela” para o deslocamento das espécies de uma área a outra, sem passar pela faixa de rolagem da estrada, reduzindo assim o número de atropelamentos. Depois de prontos, eles serão instalados pela Prefeitura na Rua Melvin Jones e no Acesso Grasel.

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Mais árvores na rua

Há quase dez anos o Escoteiros Santa Cruz criou o programa – que segue em pleno funcionamento – Adote uma Árvore (foto acima), para ser desenvolvido em parceria com a Prefeitura e Secretaria do Meio Ambiente. Segundo Carmem, anualmente, após levantamentos que verificam onde estão faltando árvores nas ruas, o grupo passa a replantá-las. “Depois de plantadas, sensibilizamos a comunidade, principalmente moradores das casas que ficam próximas, para que cuidem delas com o mesmo carinho com que foram plantadas. Por isso o nome do projeto”, justifica Carmem. Os integrantes do grupo também aprendem a produzir mudas por meio do projeto Semear. Em vasos de garrafas pet, preparam a terra com compostagem e adubo para receber as sementes.

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Depois, as mudas prontas para o plantio são doadas, normalmente em sistema de permuta, principalmente com empresas locais, que plantam árvores por conta do programa carbono zero. “Mas também já doamos e plantamos mais de mil árvores na AABB, com quem temos uma parceria de longa data. Boa parte das árvores que se encontram lá foram plantadas pelos nossos escoteiros”, atesta Azevedo.

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A Bomba Verde também é uma forma de fomentar o reflorestamento. Trata-se, segundo Carmem, de sementes dentro de bolas de argila que são jogadas na natureza. Podem ser de flores para promover a polinização e de árvores frutíferas ou nativas. Tudo depende do local onde serão largadas.

Para cuidar

O plantio de mudas nativas por estudantes, o anúncio de um programa voltado ao descarte adequado de bitucas de cigarros e atividades voltadas à educação e conscientização ambiental envolveram centenas de pessoas nos últimos dias. Essas e outras iniciativas foram desenvolvidas em meio à programação da Semana do Meio Ambiente de Santa Cruz do Sul.

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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