Houve grandes surpresas no Oscar 2020, a começar pela vitória do sul-coreano Bong Joon-ho como melhor diretor, por Parasita, que também venceu os prêmios de melhor roteiro original e melhor filme internacional. A surpresa foi maior quando, no fim da cerimônia, a produção asiática ganhou o Oscar de melhor filme. Ao receber a estatueta de direção, Joon-ho homenageou Martin Scorsese, que se emocionou quando o colega disse que havia estudado sua obra na universidade.
A sinopse do filme conta que toda a família de Ki-taek estava desempregada, vivendo em um porão sujo e apertado. “Uma obra do acaso faz com que o filho adolescente da família comece a dar aulas de inglês à garota de uma família rica. Fascinados com a vida luxuosa destas pessoas, pai, mãe, filho e filha bolam um plano para se infiltrarem também na família burguesa, um a um. No entanto, os segredos e mentiras necessários à ascensão social custarão caro a todos.”
Ao apresentar o prêmio de melhor ator, a vencedora do ano passado, Olivia Colman, disse que todos poderiam ganhar, mas teve de entregar a estatueta a Joaquin Phoenix por Coringa, como era esperado. Ele fez um discurso político, falando de gênero, igualdade e meio ambiente, mas principalmente criticando o egoísmo e promovendo a educação, a compaixão e a redenção. Renée Zellweger foi a melhor atriz, como também já era esperado, por Judy, e discursou sobre o legado da lendária estrela.
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Como no ano passado, um show musical – agora de Janelle Monaé e Billy Porter, usando trechos de I’m Still Standing, de Elton John – abriu a cerimônia de premiação do Oscar de 2020, antes que os apresentadores Steve Martin e Chris Rock chegassem para as piadas. Esculhambaram o Partido Democrata e a Academia, zoando a falta de indicados negros e mulheres. No tapete vermelho, Natalie Portman, que venceu o prêmio por Cisne Negro em 2011, já usara um vestido com os nomes bordados de mulheres diretoras que ficaram de fora da disputa. A militância faz escola no prêmio da Academia.
E veio o primeiro prêmio da noite. Regina King anunciou o vencedor como melhor ator coadjuvante – não deu outra, e Brad Pitt subiu ao palco do Dolby Theatre para receber sua estatueta, por Era Uma Vez… em Hollywood. Brad colocou nas nuvens o diretor Quentin Tarantino e seu colega de elenco, Leonardo DiCaprio. Destacou a originalidade de Tarantino e disse que a indústria fica muito melhor com ele. Nos bastidores, relaxado, acrescentou: “Eu estava realmente nervoso sobre o que discursar. Tenho alguns amigos engraçados que poderiam me ajudar, mas, naquele momento, tinha de ser algo realmente pessoal. Tive uma temporada muito boa de premiações.”
O Oscar de documentário – prêmio com concorrente brasileiro, Democracia em Vertigem – foi para Indústria Americana, produzido pelo casal Obama, Barack e Michelle. Mahershala Ali, duas vezes vencedor do Oscar de melhor ator coadjuvante, entregou o prêmio para a melhor atriz da categoria – Laura Dern, por História de Um Casamento.
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Outros
Animação: Toy Story 4
Montagem: Andrew Buckland e Michael McCusker, Ford vs. Ferrari
Roteiro adaptado: Taika Waititi, por Jojo Rabbit
Canção: I’m Gonna Love Again, de Rocketman
Trilha sonora: Hildur Guonadóttir, por Coringa
Mixagem de som: 1917
Som: Ford vs. Ferrari
Fotografia: Roger Deakins, por 1917
Efeitos especiais: 1917
Maquiagem: O Escândalo
Figurino: Adoráveis Mulheres
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