Este sábado, 8 de março, tem forte significado: é o Dia Internacional das Mulheres, data instituída em 1975 pela Organização das Nações Unidas (ONU). É oportunidade para que em todas as instâncias se possa refletir sobre a participação feminina em sociedade, e para enfatizar a necessidade constante de luta para que seus direitos sejam atendidos, em igualdade com os homens, com respeito e justiça. Nesta edição a Gazeta do Sul compartilha suplemento especial alusivo a essa celebração.

Nesse início de ano, um tema tende a merecer bastante atenção de lideranças e organizações na região: o que envolve a implementação do Geoparque Vale do Rio Pardo, na busca por certificação junto à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O movimento é liderado pela Associação de Turismo da Região do Vale do Rio Pardo (Aturvarp), com empenho do presidente da entidade, Djalmar Marquardt, e do geólogo Enoir Greiner, coordenador da iniciativa do Geoparque.

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O foco do Geoparque Vale do Rio Pardo, conforme divulgado pela Aturvarp, seria a paleontologia, diante da importância que a região demonstra ter, com diversos sítios referenciais. Mas o turismo em sentido teria evidência nos oito municípios vinculados à iniciativa: Candelária, Vale do Sol, Vera Cruz, Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires, Rio Pardo, Passo do Sobrado e Vale Verde.

Atualmente, há três Geoparques Unesco constituídos em território gaúcho: o da Quarta Colônia, no Vale do Jacuí Centro; o de Caçapava, em Caçapava do Sul; e o dos Caminhos dos Cânions do Sul, na divisa com Santa Catarina. Outros três existem no Brasil: no Rio Grande do Norte (Seridó), no Ceará (Araripe) e em Minas Gerais (Uberaba). Os argumentos e os atrativos a sensibilizar a Unesco em termos de Vale do Rio Pardo são inquestionáveis: a começar pelo grande toponímico a identificar o vale, o morro Botucaraí, que tem em seu entorno importantes sítios paleontológicos. Nas imediações situava-se ainda a Redução Jesus Maria, da primeira fase da missão jesuítica na América do Sul.

Além disso, os demais municípios sediam igualmente estudos em paleontologia e arqueologia, a exemplo da paleotoca junto à Gruta, em Santa Cruz, bem como outros três geossítios no espaço urbano, no Morro da Cruz, no Schoenstatt e no Parque de Eventos (e vale citar a exuberância do Túnel Verde de tipuanas e do Cinturão Verde que emoldura a cidade). Ao mesmo tempo, a localização geográfica de Rio Pardo no mapa do Rio Grande do Sul, pela sua relevância na história gaúcha e brasileira, só realçaria e abrilhantaria um Geoparque Unesco na região.

É, sem dúvida, uma das mais importantes iniciativas de viés turístico, de preservação e reconhecimento dos diferenciais e potenciais históricos e de recursos naturais que a região já viu surgir. Por isso, precisa ser abraçada com entusiasmo e carinho por todos, autoridades, lideranças e população em geral. Bom fíndi!

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