Começou nessa quarta e segue nesta quinta-feira, 27, pela manhã a segunda rodada de negociações dos valores a serem praticados para a compra do tabaco da safra 2021/22. Participam a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), que é anfitriã, e as Federações da Agricultura (Farsul, Faesc e Faep) e dos Trabalhadores Rurais (Fetag, Fetaesc e Fetaep) do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
A primeira tentativa de definição dos preços, no fim do ano passado, acabou frustrada. Apenas uma das sete empresas chamadas para a discussão apresentou valor superior ao que foi definido como custo de produção. Além desse valor base, que foi composto com ciência das indústrias, as entidades representativas dos produtores incorporaram dez pontos percentuais, como rentabilidade e para a sustentabilidade do setor, representando a recuperação da perda contabilizada nas últimas safras.
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O maior custo de produção apurado, apresentado na primeira rodada, é da Alliance One, com 28,43%. O menor é o da JTI, com 14,23%, que apresentou a melhor proposta: 16%, superando a base, mas sem alcançar o índice de sustentabilidade apresentado na ocasião. Além de ambas, participam das negociações CTA, UTC, China Brasil, Premium e BAT.
Na ocasião a frustração foi registrada, em especial, porque os índices apresentados não haviam alcançado o custo de produção, definido em conjunto com as empresas. Em nota, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag) e os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais apontaram que a ação das empresas seria uma forma de optar por pagar aos atravessadores. “Assim como fizeram no final da safra passada e já estão fazendo na atual”, acusam.
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O presidente da comissão do tabaco na Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) e presidente do Sindicato Rural de Santa Cruz do Sul, Marco Antônio dos Santos, entende que o momento é de preocupação. Ele fala do que considera uma fragilidade do sistema integrado, devido à competição das empresas em busca do produto. A expectativa é de que a safra deste ano chegue a 570 mil toneladas.
Sobre a rodada de negociações, Santos acredita que exista perspectiva de acerto, mas é preciso aguardar o segundo dia de reuniões. “Não adiantamos para que não sejam prejudicadas as negociações desta quinta-feira.”
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Nessa quarta-feira reuniram-se com as entidades representativas dos produtores, em momentos diferentes, as empresas JTI, BAT, China Brasil e Universal Leaf. Nesta quinta, os encontros serão com a Alliance One, às 8 horas; CTA, às 9 horas; Premium, às 10 horas; e UTC, às 11 horas.
Às 14 horas ocorre a reunião dos membros do Fórum Nacional da Integração (Foniagro), também na sede da Afubra. Os participantes tratarão sobre assuntos relacionados à cadeia produtiva do tabaco. O Foniagro é composto por entidades representativas dos produtores integrados e das empresas: Afubra, Federações da Agricultura e dos Trabalhadores da Agricultura do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná (pelo lado dos produtores) e SindiTabaco e suas associadas (pelo lado das indústrias).
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O objetivo é trazer segurança jurídica aos produtores e empresas que fazem parte do Sistema Integrado de Produção, estabelecendo os direitos e obrigações das partes.
RS: 265.610 toneladas (240.103 Virgínia; 24.774 Burley; e 733 Comum)
SC: 164.124 toneladas (152.426 Virgínia; 10.913 Burley; e 784 Comum)
PR: 139.805 toneladas (129.784 Virgínia; 5.820 Burley; e 4.200 Comum)
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