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Para quem a bichectomia é indicada

A bichectomia está em alta. O desejo por uma aparência mais magra e feições mais finas é o principal atrativo desta cirurgia plástica que se torna cada vez mais acessível. Um dos grandes trunfos é o fato de o procedimento ser pouco invasivo e de recuperação rápida, além de poder ser realizado não apenas por cirurgiões plásticos, mas por dentistas e dermatologistas habilitados.         

Como é o procedimento? Bichectomia consiste na cirurgia para retirada das chamadas bolas de bichat, bolsas de gordura depositadas nas bochechas (entre a mandíbula e o osso zigomático)  e não têm uma função definida. Como se trata de um tipo de gordura que não é usado pelo organismo como fonte de energia, não diminui com dieta e atividade física. Muitas pessoas acabam recorrendo ao bisturi na tentativa de afinar o contorno facial. O procedimento pode ser feito em centro cirúrgico ou consultório, sob anestesia local, e normalmente dura menos de uma hora. O profissional faz uma incisão de cerca de 1 cm de comprimento no interior da bochecha para deslocar a gordura, que pode ser removida parcial ou totalmente. Os pontos são retirados depois de uma semana, período em que a face pode ficar inchada e apresentar hematomas leves.                                                                                                                               

A mudança estética é garantida? A expectativa de bochecha negativa nem sempre será atendida. Dependendo da estrutura facial, a bichectomia vai proporcionar uma mudança muito sutil, a ponto de não ser a opção ideal para conseguir o visual esperado e, neste caso, o tratamento deve ser complementado com preenchimentos em mandíbula e maçã do rosto.  

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Contra-indicações – A bichectomia é contraindicada para pessoas com o rosto muito magro, grávidas, pacientes com patologias hepáticas, renais e cardíacas, coagulopatias ou que tenham recebido radioterapia na região.

Riscos – Apesar de ser um procedimento simples, pode causar lesão no nervo facial, a qual prejudica movimentos da região e causa dores, além de poder afetar o ducto parotídeo, que transporta a saliva na boca, gerando acúmulo do líquido causando inchaço da bochecha, até ser drenado. Outros riscos, como infecções, assimetria facial e retirada excessiva da bola de Bichat, com esqueletização da face, que é o envelhecimento precoce da região. A gordura localizada na bochecha tem a função de sustentar a pele facial e, por isso, sua ausência pode resultar em flacidez na região com o passar dos anos.                                                                                                                                

Fonte: doutora Ana Paula Quinteiro Moro, especialista em procedimentos da face e crânio

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