O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nessa quinta-feira, 12, que, nas próximas semanas e meses, o fator fundamental a ser observado na pandemia do novo coronavírus não será tanto a disponibilidade de vacinas, mas sim a rejeição da população aos imunizantes. Os comentários de Campos Neto, feitos durante evento virtual, estão ligados a uma questão já discutida em países como os Estados Unidos: a de que a existência de uma parcela considerável da população que se nega a tomar a vacina é um obstáculo para a obtenção da chamada “imunidade de rebanho” – quando o vírus para de circular.
LEIA MAIS: ‘Vamos deixar de bobagem e vacinar’, diz diretor da Anvisa
“Nas próximas semanas e meses, o fator fundamental não será tanto a disponibilidade de vacina, mas a rejeição à vacina”, disse Campos Neto, que participou, nessa quarta-feira, 11, do Congresso Nacional Abrasel, promovido pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes. O presidente do BC afirmou ainda que ainda há, em termos macroeconômicos, uma forte influência da pandemia. Ao mesmo tempo, ele destacou que houve queda considerável do número de óbitos por Covid-19 no Brasil.
Publicidade
Ao avaliar o andamento global da pandemia, Campos Neto pontuou que, na Inglaterra, existe uma “diferença clara” entre a segunda e a terceira onda de Covid-19. Isso, segundo ele, mostra a efetividade da vacinação. “O Brasil estabilizou em nível mais acelerado na vacinação diária”, disse Campos Neto. “Na população mais idosa, o índice de completamente vacinados está bastante elevado”, acrescentou. Ele pontuou ainda que algumas variantes da Covid-19 têm causado internações. “A vacina é a saída que a gente imaginou para a crise”, disse.
LEIA MAIS: ACOMPANHE A COBERTURA COMPLETA SOBRE O CORONAVÍRUS
Publicidade